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Lula não desafia EUA, mas diz que Brasil não é “republiqueta” ao falar de tarifaço

Presidente critica imposição de tarifas por Trump e diz que Brasil precisa negociar em igualdade de condições no comércio internacional

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Imagem ilustrativa da notícia Lula não desafia EUA, mas diz que Brasil não é “republiqueta” ao falar de tarifaço camera Presidente falou, ainda, sobre alternativa ao dólar | (Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (3) que o Brasil não deve abrir mão de buscar uma alternativa ao dólar como moeda de referência no comércio internacional. A declaração foi feita durante discurso na convenção nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília, em resposta ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos a 36% das exportações brasileiras.

"Eu não vou abrir mão de achar que a gente precisa procurar construir uma moeda alternativa para que a gente possa negociar com os outros países. Eu não preciso ficar subordinado ao dólar", disse Lula.

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Embora o governo norte-americano não tenha mencionado oficialmente a proposta de substituição do dólar como motivo para as tarifas, analistas apontam que a discussão sobre uma nova moeda dentro do bloco dos Brics está entre as razões da retaliação adotada pelo presidente Donald Trump. Durante a Cúpula do Brics, realizada em julho no Rio de Janeiro, Trump criticou o grupo e prometeu retaliar países que tentarem abandonar o dólar nas transações comerciais.

Lula reforçou que o Brasil não busca confronto com os EUA, mas que não aceitará pressões políticas como justificativa para sanções econômicas. "Os EUA são muito grande, é o país mais bélico do mundo, é o país mais tecnológico do mundo, é o país com a maior economia do mundo. Tudo isso é muito importante. Mas nós queremos ser respeitados pelo nosso tamanho. Nós temos interesses econômicos e estratégicos. Nós queremos crescer. E nós não somos uma republiqueta", afirmou.

O presidente também fez referência às críticas dos EUA ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, apontando que motivações políticas não devem ser usadas para penalizar economicamente o país. "Tentar colocar um assunto político para nos taxar economicamente é inaceitável", disse.

Relações diplomáticas e negociações

Apesar das críticas, Lula afirmou que o Brasil segue aberto ao diálogo com os EUA. Ele destacou que a dependência econômica brasileira em relação ao país norte-americano diminuiu ao longo dos anos, mas reforçou a importância de manter as relações diplomáticas, que já duram mais de dois séculos.

"O Brasil hoje não é tão dependente como já foi dos Estados Unidos. O Brasil tem uma relação comercial muito ampla no mundo inteiro. A gente está muito mais tranquilo do ponto de vista econômico. Mas, obviamente, que eu não vou deixar de compreender a importância da relação diplomática com os Estados Unidos, que já dura 201 anos", afirmou.

O governo brasileiro já iniciou conversas com autoridades norte-americanas. Segundo o presidente, propostas de negociação foram apresentadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

"Vamos dizer o seguinte, ‘olha, quando quiser negociar, as propostas estão na mesa. Aliás, já foram apresentadas propostas pelo [vice-presidente] Alckmin e pelo [ministro das relações exteriores] Mauro Vieira. Então, é simplesmente isso", afirmou Lula.

Na última sexta-feira (1º), Donald Trump sinalizou disposição para conversar diretamente com o presidente brasileiro. A Secretaria do Tesouro dos EUA também entrou em contato com o Ministério da Fazenda para dar início às negociações.

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De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governo brasileiro deve anunciar nos próximos dias um pacote de medidas emergenciais, incluindo linhas de crédito, para apoiar as empresas atingidas pelo tarifaço norte-americano.

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