
A economia digital no Brasil está prestes a ganhar um novo protagonista. Depois da popularização do Pix, surge o Drex, o chamado "real digital", que deve estrear já no ano que vem. A promessa é simples: tornar transações financeiras mais seguras e automatizadas, especialmente na hora de comprar e vender veículos, reduzindo o risco de golpes e acelerando processos burocráticos.
O Banco Central explica que o Pix e o Drex fazem parte do esforço de digitalização da economia. Enquanto o Pix se limita ao dinheiro, o Drex inclui também ativos não financeiros, como carros e imóveis. Assim, na compra de um veículo, o Pix é usado para retirar o valor da conta do comprador, enquanto o Drex libera o pagamento ao vendedor apenas quando a transferência do carro é concluída.
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Segundo o manual do BC, "uma coisa fica condicionada a outra: você só receberá o dinheiro da venda do veículo quando fizer a transferência de propriedade para o comprador". Caso isso não ocorra, o pagamento é estornado. Para que o sistema funcione plenamente, é necessária compatibilidade com os sistemas do Detran de cada estado e dos bancos de dados federais, além de testes com blockchain, que, por ora, ficam para uma segunda fase de implantação.
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OUTRAS POSSIBILIDADES DO DREX
Wagner Martin, vice-presidente de Relações Institucionais da Veritran no Brasil, destaca que as possibilidades do Drex vão além da compra de veículos. Ele prevê a automação de leasing, seguros, aluguel de carros e consórcios, com operações inteligentes e liquidações automáticas. Além disso, o Drex permitirá a liberação rápida de gravames, acelerando negociações e a retirada de garantias.
Giselle Afonso, porta-voz do Banco Central, reforça outro benefício do Drex: "No Drex, estará tudo na mesma plataforma e no mesmo sistema. O contrato do empréstimo, com as condições e as garantias estarão lá. Isso aumenta muito a chance de se baratear o custo da operação". A medida deve simplificar a obtenção de empréstimos e financiamentos, tornando o processo mais rápido e seguro.
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