No coração do Rio de Janeiro, onde cada jogo ecoa histórias e paixões, o Maracanã se mantém como símbolo do futebol brasileiro, mas também como um desafio financeiro para o estado. Entre o apito inicial e o som da torcida, surge a discussão sobre o destino do estádio, que pode ser colocado à venda para aliviar a pressão das contas públicas.
O Maracanã, gerido atualmente pelo Flamengo e Fluminense por meio de concessão de 20 anos, entrou recentemente na lista de imóveis que o governo do estado pretende vender, conforme decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj). O objetivo é utilizar os recursos obtidos para reduzir parte da dívida com a União.
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O estado busca participar do Propague, programa do Governo Federal destinado à renegociação das dívidas de entes federativos. Nesse contexto, a venda de ativos públicos, como o Maracanã, é considerada uma das principais medidas para viabilizar o acordo.
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O Complexo do Maracanã engloba não apenas o estádio de futebol, mas também o Ginásio do Maracanãzinho, o Estádio de Atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Júlio Delamare. A estimativa é que o valor da possível venda chegue a pelo menos R$ 2 bilhões.
VOTAÇÃO NA ALERJ
A proposta, porém, ainda precisa passar por votação no plenário da Alerj e pode sofrer alterações por meio de emendas, deixando a situação incerta. O deputado Rodrigo Amorim, presidente da CCJ, destacou os altos custos de manutenção do estádio. "O governo paga fortunas de manutenção do Complexo do Maracanã, em torno de R$ 1 milhão por partida", afirmou.
Cada jogo realizado no estádio gera um gasto próximo a esse valor, tornando o Maracanã um ônus financeiro significativo para o estado. Amorim sugeriu alternativas como a venda do estádio ou a extensão da concessão: "Ou vende o Maracanã, ou faz uma concessão mais longa, enfim, alguma coisa tem que ser destinada", disse.
FLAMENGO E FLUMINENSE PROMETEM INVESTIMENTOS
Por outro lado, Flamengo e Fluminense prometeram investir cerca de R$ 186 milhões na melhoria da infraestrutura do estádio. Até o momento, o governo já aplicou R$ 20 milhões, mas ainda enfrenta uma dívida prevista de R$ 12,3 bilhões para 2026, o que aumenta a pressão para levantar recursos de forma rápida.
A possível venda do Maracanã pode impactar diretamente o futebol carioca, afetando clubes, torcedores e a dinâmica dos jogos. A gestão compartilhada entre governo e clubes, os custos operacionais elevados e a necessidade de novos investimentos são pontos centrais do debate sobre o futuro do estádio.
Com a votação na Alerj ainda por acontecer, o desfecho dessa proposta permanece incerto, e os próximos passos devem ser acompanhados de perto por torcedores e especialistas em política esportiva.
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