Belém respira expectativa e vigilância redobrada às vésperas do maior evento diplomático de sua história. A cidade se prepara para receber, nos próximos dias, duas agendas internacionais de peso: a Cúpula de Chefes de Estado, nestas quinta (6) e sexta-feira (7), e a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), entre 10 e 21 de novembro. Pela primeira vez, a Amazônia será o centro das discussões globais sobre o futuro do planeta - e a segurança, naturalmente, tornou-se prioridade nacional.
A Polícia Federal (PF) foi designada para coordenar a estrutura de segurança pública de ambos os eventos. O plano, que se estende por toda a cidade, envolverá a atuação de diferentes forças de segurança e uma logística considerada a mais complexa já organizada no país. Estima-se a presença de 150 delegações estrangeiras e mais de 50 chefes de Estado ou de Governo, o que transforma Belém no epicentro político do mundo durante o período da conferência.
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O esquema da PF está dividido em dez frentes estratégicas, que incluem desde o controle migratório especializado e a segurança aeroportuária até o monitoramento e neutralização de drones, operações fluviais e portuárias, resposta a incidentes críticos, varreduras antibombas, cybersegurança e proteção contínua das delegações oficiais. Também haverá o Centro de Cooperação Policial Internacional, responsável por integrar informações de segurança entre as autoridades brasileiras e estrangeiras.
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NÍVEIS DE COORDENAÇÃO
Segundo o planejamento, as ações ocorrerão em quatro níveis de coordenação: CASP, CESIR, CMA e CCPI, todos interligados ao Departamento de Segurança das Nações Unidas (UNDSS). Essa estrutura visa garantir comunicação direta e resposta imediata a qualquer tipo de ocorrência, reforçando o caráter colaborativo da operação.
Um dos espaços mais sensíveis da conferência será a chamada Blue Zone, instalada no Parque da Cidade, em Belém. O local, que funcionará como uma área de acesso restrito e oficialmente gerenciada pela Organização das Nações Unidas (ONU), sediará as plenárias e negociações diplomáticas de alto nível. Por acordo firmado entre o Brasil e a ONU, o território da Blue Zone terá status de inviolabilidade, semelhante ao de uma embaixada.
Dentro dessa área, a segurança interna será responsabilidade direta das Nações Unidas, enquanto a Polícia Federal cuidará do perímetro externo, coordenando-se com outras forças para manter o controle do entorno urbano. Um Oficial de Ligação, designado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, atuará no interior da Blue Zone para articular as ações entre a ONU e os órgãos brasileiros, garantindo resposta rápida e contínua, 24 horas por dia.

MARCO HISTÓRICO
Para a PF, a realização da COP30 simboliza um marco histórico tanto para o Brasil quanto para a Amazônia. Além de ser uma oportunidade de exibir a capacidade logística e diplomática do país, o evento reforça o papel estratégico da região nas discussões sobre políticas climáticas globais. Sob a coordenação da Polícia Federal, o objetivo é assegurar que cada decisão tomada em Belém ocorra em um ambiente estável, seguro e de plena cooperação internacional.
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