A custódia de presos em situações de necessidade médica exige um planejamento rigoroso que concilie o direito à saúde com as normas de segurança institucional. Em casos onde o paciente está sob restrição de liberdade, o ambiente hospitalar passa a seguir protocolos específicos para garantir que o tratamento ocorra sem intercorrências externas ou falhas na vigilância. Esse cenário demanda uma integração precisa entre as equipes de saúde e as autoridades policiais, assegurando que o cumprimento das decisões judiciais seja mantido integralmente durante todo o período de internação.
Jair Bolsonaro foi internado no Hospital DF Star, em Brasília, para a realização de uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral no dia de Natal. Esta foi a primeira saída do ex-presidente da Superintendência da Polícia Federal desde sua prisão em novembro. O procedimento tem duração estimada de até quatro horas sob anestesia geral, conforme determinado por autorização judicial. Durante a internação, Bolaonaro ficará em uma área isolada do hospital com vigilância ininterrupta de agentes federais posicionados na porta do quarto.
Entenda a situação
A condição se caracteriza pelo deslocamento de tecidos do abdômen, geralmente uma parte do intestino, por pontos enfraquecidos na parede muscular da virilha. O procedimento foi classificado como eletivo, servindo para evitar riscos de encarceramento intestinal e dores agudas futuras. A correção pode ser realizada via videolaparoscopia, com o auxílio de câmeras e telas de malha, ou de forma aberta, dependendo da necessidade de reforço na musculatura.
Essa fragilidade pode ser congênita ou decorrente de traumas e cirurgias anteriores. No caso da hérnia inguinal, como a do ex-presidente, esse acontecimento ocorre na região da virilha — então, você tem um buraco naquela região que vai permitir a saída do conteúdo intestinal.
A técnica da cirurgia é minimamente invasiva e utiliza pequenos cortes e câmeras para reforçar a parede abdominal com uma tela de polipropileno. Segundo especialistas, os soluços relatados por Bolsonaro e parentes não possui relação com o caso.
As regras de segurança impostas para o período incluíram a proibição de aparelhos eletrônicos como celulares e computadores no quarto para impedir comunicações não autorizadas. Apenas a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro teve permissão para acompanhá-lo, sendo que outras visitas dependiam de autorização expressa do Supremo Tribunal Federal.
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