No segundo dia de paralisação nacional dos bancários, a adesão à greve cresceu e os trabalhadores fecharam 7.673 agências em todos os Estados. O número representa um terço de todas as 22.987 unidades bancárias do país.

Na terça-feira (30), quando a greve começou, 6.572 agências, ou 28,6% do total, não abriram as portas. Os levantamentos foram realizadas pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). A Federação Brasileira de Bancos, a Febraban, não realiza um balanço diário para averiguar a extensão da greve.

A paralisação foi fortalecida nesta quarta-feira (1º) com a adesão de funcionários de call center do Banco do Brasil, Bradesco, Santander e HSBC, além de centros administrativos do Itaú Unibanco.

A Febraban, no entanto, afirma não ter registrado problemas nos atendimentos por telefone. A entidade diz que o serviço é em grande parte automatizado e representa apenas 4% dos 40,2 bilhões de transações realizadas em 2013.

Em caso de problemas, a Febraban aconselha os consumidores a acessar sites e aplicativos de celular dos bancos. Caixas eletrônicos também estão à disposição dos consumidores. 

IMPASSE

Para encerrar a greve, a categoria demanda um reajuste de 12,5%, o que inclui 5,8% acima da inflação medida pelo INPC (6,35% no acumulado em 12 meses), piso salarial de R$ 2.979,25, 14º salário e outros benefícios.

A proposta dos bancos, que foi rejeitada pelos trabalhadores, prevê correção salarial de 7,35%, com aumento real de 0,94%. 

GREVE DOS BANCÁRIOS/2014

DATA-BASE: 1º de setembro

INFLAÇÃO NO PERÍODO: 6,35% (INPC, em 12 meses)

QUANTO GANHAM: Piso de R$ 1.648 (salário do caixa)

O QUE QUEREM: 12,5% (5,8% acima da inflação)

CONTRAPROPOSTA: 7,35% (0,94% real)

(Folhapress)

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