Os prazos da reforma da Previdência estão mantidos e não se pode permitir que a lista de políticos que serão investigados pelo STF divulgada na véspera atrapalhe o andamento dos trabalhos no Legislativo, disse nesta quarta-feira o presidente da Comissão Especial da reforma, deputado Carlos Marun (PMDB-MS). 

Em declarações a jornalistas em Brasília, Marun disse que o relator Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) vai apresentar seu parecer na próxima terça-feira (19), para que a reforma seja votada pela comissão ainda na última semana de abril.

“Não podemos permitir que a divulgação de uma lista autorizando a abertura de inquéritos venha a prejudicar o andamento dos trabalhos aqui na Casa”, disse Marun, pouco antes de se dirigir para uma reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o relator da proposta, e o secretário da Previdência, Marcelo Caetano.

Segundo o presidente da comissão, ainda há pontos da reforma em discussão, fruto de demandas de parlamentares da base, muitos deles estão sendo incorporados pelo texto.  

“O relator, que participou hoje, participou ontem e está participando de diversas reuniões tem agora diversas opções com vários resultados, e cabe a ele efetivamente definir no detalhe as medidas que estão sendo aí elencadas”, afirmou.

Marun aproveitou para afirmar que o número de deputados a serem investigados, quase 40, não teria o poder de impedir o funcionamento do Legislativo.

“Não é um número assim que paralisaria por si só os trabalhos aqui na Casa.” 

Além dos deputados, a lista do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, inclui oito ministros, governadores, e outras autoridades.

(Com informações de Reuters)

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