O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (20) que as acusações de corrupção que recaem sobre ele precisam ser apuradas, garantiu que não se preocupa "minimamente" com elas e atacou a oposição pelas denúncias que o atingem.

"O que está acontecendo é isso: uma oposição radical. Ela leva às últimas consequências. Mas volto a dizer: essas coisas têm que ser apuradas e eu não me preocupo minimamente com isso", afirmou durante entrevista ao editor-chefe global da Reuters, Steve Adler, no evento Reuters Newsmaker, em Nova York.

Temer disse que está sendo culpado por associação.

"O que aconteceu comigo foi exatamente isso. Você é presidente da República, da Câmara, vice-presidente, presidente de um partido, você encontra pessoas que tiram fotos com você, recebe bilhetes, pessoas convivem com você, e aí praticam um ilícito qualquer, aí você também é delituoso. Isso está acontecendo com muita frequência no Brasil", disse o presidente.

Para Temer, o papel da oposição deveria ser o de fiscalizar o Executivo. No Brasil, no entanto, disse, a oposição tem uma concepção de que se não está no governo tem que destruir o governo.

Esta foi a primeira vez que Temer se referiu diretamente às investigações contra si abertas pela Procuradoria-Geral da República depois da segunda denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal na semana passada, por obstrução de Justiça e organização criminosa. Durante os dias em Nova York, o presidente havia evitado as perguntas dos jornalistas.

(Com informações de Extra)

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