Um cozinheiro de 26 anos voltava do restaurante em que trabalhava na madrugada do dia 22 de outubro passado quando foi parado por policiais militares e confundido com um membro da guerra do tráfico na Rocinha, no Rio de Janeiro. O engano só foi desfeito um mês depois da detenção e após a palavra de dois traficantes.

De acordo com informações do jornal "Extra", mesmo com a mochila em que portava o uniforme de trabalho, os policiais levaram o rapaz depois da averiguação dos documentos e constatarem que contra ele havia um mandado de prisão expedido.

A ordem foi dada pela Justiça com base na investigação sobre a invasão da favela, que identificou mais de 60 traficantes. No inquérito, três testemunhas o apontam como integrante do tráfico.

Mesmo estando de posse de documentos como carteira de trabalho, contracheques e folhas de ponto a polícia não o liberou, o que só aconteceu no dia 21 de novembro, 31 dias após a detenção.

Antes, o delegado responsável pelo caso foi até o restaurante onde pediu informações sobre o trabalho do jovem e lá constatou que ele trabalhava como 'saladeiro'.

Mas parece que o que pesou mesmo foi a palavra de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, chefe do tráfico na favela, e Alberto Ribeiro Sant'anna, o Cachorrão, número dois da quadrilha afirmarem aos agentes que o cozinheiro não integra o tráfico.

(Com informações do Extra)

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