A Polícia Civil prendeu sete pessoas numa operação no início da manhã desta quarta (14) para desarticular uma milícia em Mesquita, município da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.

Pelo menos três presos eram policiais militares. Apontado como líder do grupo, o policial Marcio Lima, conhecido como Zebu, também foi preso.  

As investigações tiveram início a partir da denúncia de uma vítima, que esteve na #DRACO e relatou que há cerca de dez meses um grupo da região passou a praticar extorsões, sob o pretexto de oferecer uma “suposta segurança”.

— Segurança RJ (@SegurancaRJ) 14 de março de 2018

Até as 8h, seis mandados de prisão foram cumpridos. Um outro integrante do grupo foi preso em flagrante.

A operação conta com o apoio do Ministério Público e da Corregedoria da Polícia Militar. Os policiais também fazem buscas no Batalhão da PM do município.

Segundo os investigadores, o grupo cobrava taxas de segurança aos moradores de um dos bairros de Mesquita e também explorava o comércio de água, cestas básicas, do sinal de televisão, além do transporte público.

Na investigação, um comerciante local disse que o grupo impôs o pagamento de R$ 1 mil de "taxa de segurança" para suas duas lojas permanecerem abertas.

A ação visa o cumprimento de oito mandados de prisão temporária expedidos pela vara criminal de Mesquita e dez mandados de busca e apreensão.

— Segurança RJ (@SegurancaRJ) 14 de março de 2018

Segundo relatos, os integrantes do grupo andavam com armas de grosso calibre pelo bairro. 

O Exército não participou da operação. Desde que o governo federal autorizou o uso das Forças Armadas no Rio por meio de um decreto em julho do ano passado, as operações do Exército ignoram áreas dominadas por milícias.

Nesta terça (13), o novo chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, tomou posse defendendo o combate à corrupção dentro da instituição. Barbosa foi nomeado pelo novo secretário de Segurança do Rio, o general Richard Nunes.

No mês passado, o presidente Michel Temer nomeou o general Walter Braga Netto como interventor federal no Estado até dezembro. 

(Folhapress)

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