Afastado desde fevereiro, o delegado Moacir Fermino foi indiciado na tarde desta sexta-feira (16) no inquérito instaurado pela Corregedoria da Polícia Civil para apurar irregularidades na condução da investigação que apurava a morte de duas crianças esquartejadas em Novo Hamburgo (RS). Ele foi indiciado por corrupção de testemunhas e falsidade ideológica.

Na casa do delegado, a Polícia Civil apreendeu um livro intitulado "Ele veio para libertar os cativos". Vários trechos foram sublinhados.

Além disso, troca de mensagens de celular entre o delegado e o suposto profeta indicam um relacionamento conhecido.

Fermino foi pivô da investigação quando, em janeiro, disse ter recebido uma revelação divina, de um profeta de Deus acerca dos suspeitos. "Quando eu cheguei na delegacia, um deles me ligou, dizendo que tinha informações e que era para eu pegar um caderno para anotar", contou na época.

Fermino apontou que as crianças teriam sido mortas no templo que fica no bairro Morungava, em Gravataí. Disse, na ocasião, ainda que durante o ritual, os participantes teriam tomado sangue das crianças - um menino, entre 8 e 10 anos, e uma menina, entre 10 e 12 – que ainda não foram identificados e as cabeças deles não foram localizadas.

Além do delegado, mais duas pessoas -  um outro policial e uma testemunha - também foram indiciados.

(Com informações do Correio do Povo)

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