O cheque especial se tornou uma das modalidades de crédito mais populares entre os consumidores brasileiros. Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou que, em todo o país, 17% dos consumidores recorreram ao cheque especial nos últimos 12 meses.

Dos consumidores, a metade (46%) possui o hábito de entrar todos os meses no cheque especial e 20% a cada dois ou três meses. Por outro lado, 80% afirmaram não ter usado o limite neste período.

A pesquisa apontou que o uso do cheque especial foi destinado, principalmente, para cobrir imprevistos com doenças e medicamentos (34%), quitar dívidas em atraso (23%) e realizar manutenção de automóveis ou motos (18%), enquanto outros 17% afirmaram ter entrado no cheque especial por descontrole no pagamento das contas.

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— SPC Brasil (@spcbrasil) 19 de outubro de 2017

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti alerta que, “sem perceber, muitos entram no limite por achar que o recurso faz parte do seu saldo bancário. E no fim das contas, acabam pagando juros altos”.

A prova disso é que a pesquisa revelou que a metade dos entrevistados (45%) reconhece não ter analisado as tarifas e os juros ao utilizar o cheque especial. A maioria reconheceu desconhecer as taxas e juros cobrados pelo uso do limite, principalmente as classes C, D e E (72%).

A pesquisa apontou que 30% dos entrevistados que recorreram ao limite do cheque especial já ficaram com nome sujo por não cobri-lo, sendo que 15% já regularizam a situação e 14% permanecem negativados.

Para os especialistas do SPC Brasil, as mudanças nas regras do cheque especial que entraram em vigor no último domingo (1º) prometem melhorar esse quadro, já que as instituições financeiras passarão a entrar em contato com os clientes que usarem mais de 15% do limite da conta por 30 dias consecutivos.

Além disso, os bancos deverão oferecer como alternativa um financiamento pessoal mais barato, com a possibilidade de parcelar a dívida, visando evitar o efeito bola de neve, principalmente para quem realmente enfrentou alguma emergência em um determinado mês.

(Com informações do SPC Brasil)

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