O Brasil registrou 11.433 mortes por suicídio em 2016, são equivalente a 31 casos por dia. Os dados representam um aumento de 2,3% em relação ao ano anterior, fazem parte do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde que foi divulgado na ultima quinta-feira (20).

Essa é a segunda vez que os dados sobre suicídio são divulgados pelo Ministério da Saúde. A primeira foi em 2017, quando foram registrados 11.178 casos no país. O objetivo é alertar para a necessidade de discutir o problema e alternativas de prevenção. Em 2016, a taxa de mortalidade por suicídio no Brasil foi 5,8 casos a cada 100 mil habitantes. Para em 2007, esse índice era de 4,9 mortes a cada 100 mil habitantes, houve um aumento de 17%.

Segundo a diretora de vigilância de doenças e agravos, Fátima Marinho, estima-se que o número real de casos seja maior e pode ser caracterizando como um problema de saúde pública, não só no Brasil como no mundo e vê a necessidade de discutir o tema e determinar as causas que levam ao sofrimento na população. 
"É um importante problema de saúde pública, não só no Brasil como no mundo. E temos visto um aumento, o que traz a necessidade de discutir o tema e os vários determinantes que levam ao sofrimento na população", afirma a diretora.

Ela ressalta ainda, que a taxa de mortalidade tem sido maior entre homens, grupo que apresentou crescimento de 28% na taxa de mortalidade em dez anos. Atualmente, a taxa de mortalidade entre esse grupo é de 9,2 casos a cada 100 mil habitantes. Já entre as mulheres, a taxa é de 2,4 a cada 100 mil habitantes. Quando observadas as tentativas de suicídio, mulheres são maioria. De acordo com a diretora, ainda é preciso aprofundar os estudos sobre fatores de risco. Entre alguns deles, estão o desemprego e casos de violência contra as mulheres.

Segundo o Ministério da Saúde, desde julho deste ano, as ligações para o CVV (Centro de Valorização da Vida), que atua na prevenção ao suicídio, passaram a ser gratuitas. O serviço está disponível por meio do telefone 188 de forma gratuita. Todas as ligações são sigilosas.

(Com informações do Folha de São Paulo)

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