“Você pode ser protegido, mas a sua família não. Já pensou em ver seus familiares estuprados e sem cabeça?”. Essa foi uma das inúmeras ameaças que fez o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) abrir mão de seu terceiro mandato no Congresso e deixar o Brasil.

As ameaças chegaram a Jean pelas redes sociais, pelo telefone do gabinete dele em Brasília e pelos e-mails pessoal e profissional. Cinco inquéritos foram abertos para apurar as ameaças.

Desde março de 2018, Jean estava andando com escolta armada. Com medo de morrer e das ameaças, ele renunciou ao cargo e recebeu mais um e-mail enviados aos seus assessores. “Nossa dívida está paga. Não vamos mais atrás de você e sua família, como prometido. Mesmo após quase dois anos, estamos aqui atrás de você e a polícia não pôde fazer nada para nos parar”, dizia parte do trecho.

Em novembro de 2016, Jean já havia recebido um longo e-mail onde foi chamado de “bixona” e teve a família ameaçada.

Dois dias depois, o mesmo remetendo enviou para Wyllys e seus irmãos, dados como endereços, placas de carros e detalhes sobre a família. A partir dessa mensagem, a Polícia Federal abriu uma das cinco investigações.

“Vamos sequestrar a sua mãe, estupra-la, e vamos desmembrá-la em vários pedaços que vamos te enviar pelos Correios pelos próximos meses. Matar você seria um presente, pois aliviaria a sua existência tão medíocre. Por isso, vamos pegar sua mãe, aí você vai sofrer”, dizia outro e-mail com novas ameaças.

(Com informações do Notícias ao Minuto)

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