O discurso aparentemente "independente" do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) provocou ira em lideranças religiosas e parlamentares da bancada evangélica, considerados fundamentais na eleição do presidente Jair Bolsonaro.

A insatisfação com Mourão teve início após ele se manifestar contra a transferência da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém.  

Ressalto a visita de autoridades da Câmara de Comércio Árabe em nossa agenda do dia. O encontro teve como objetivo indicar que existe necessidade de aperfeiçoar o transporte marítimo e a logística do comércio do Brasil com os países árabes. @CamaraArabe, @tamermansur. pic.twitter.com/vkXEfbH6ye

— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) 29 de janeiro de 2019

Os evangélicos querem agora, pressionar Jair Bolsonaro para que ele desautorize publicamente Mourão, que está na condição de presidente em exercício enquanto Bolsonaro segue internado se recuperando da cirurgia para a reconstrução do trânsito intestinal.

Mourão recebeu o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, e também defendeu a posição que contraria manifestações anteriores do próprio Bolsonaro, quando deu uma entrevista de que o aborto deve ser uma escolha da mulher.

Além disso, nas últimas semanas, ele também fez declarações consideradas "inesperadas" sobre assuntos polêmicos:

- Não criticou a tentativa de Lula ser liberado da prisão para acompanhar o velório e sepultamento do irmão, disse até mesmo que seria uma "questão de humanidade", o que nem foi considerado por inúmeros fãs e seguidores do presidente eleito;

-  Afirmou que a escolha pelo aborto ou não cabe à mulher, um dos pontos mais questionados na chamada "defesa da família", pregada ideologicamente por setores cristãos.

As ações do vice-presidente provocaram ainda a ira do "guru" do governo Bolsonaro, o escritor Olavo de Carvalho, que o acusa o militar de travar uma "guerra" contra o ex-deputado federal:

(Com informações do Notícias ao Minuto)

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