O presidente Jair Bolsonaro convidou os partidos PDT e PSB para a reunião que acontecerá nesta terça-feira (26), com líderes partidários da Câmara, no Palácio do Planalto. O objetivo é dialogar com partidos aliados ou não, para poder ganhar votos a favor da reforma da Previdência.

Mas ao que tudo indica, a estatégia não tem funcionado até o momento. Os líderes das duas legendas já disseram que não irão a reunião e também criticaram a ausência de convite para outros partidos de oposição, como o PT, o PSOL e o PCdoB.

"Temos toda a disposição de fazer esse debate (sobre Previdência) e vamos fazer, mas achamos que ele deve acontecer com o conjunto dos partidos e em cima de uma análise da proposta que a gente possa opinar", disse o líder do PSB, deputado Tadeu Alencar (PE).

Bolsonaro tem enfrentado dificuldades para montar uma base aliada sólida, para que a aprovação das mudanças na aposentadoria seja garantida, o que até então é prioridade no seu governo.

Já a oposição, diz que o presidente "não desceu do palanque" e continua com o mesmo tom de ataques que usou durante a campanha eleitoral.

Alguns parlamentares citaram o discurso de posse, onde o presidente disse que iria livrar o País do socialismo, e também uma mensagem que foi enviada no início do Ano Legislativo, no qual criticou "ideologias" que foram atribuídas a gestões do PT.

No total, os partidos da oposição reúnem 134 votos. Ao chamar PDT (28 deputados) e PSB (32 deputados) para falar sobre a reforma, o presidente tentou atrair pelo menos parte desses congressistas para votar com o governo.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na segunda-feira (25), que uma parte do que reúne as duas siglas já era suficiente. "Se conseguirmos 20 votos na oposição, nossa chance de aprovação aumenta muito", afirmou Maia.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Previdência, só poderá ser aprovada se conseguir somar são 308 votos na Câmara.

(Com informações do Portal Notícias ao Minuto)

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