O Ministério da Educação (MEC) enviará a escolas do país, ainda nesta terça-feira (26), uma carta atualizada do ministro, professor Ricardo Vélez Rodríguez, com um pedido de cumprimento voluntário para que seja lida no primeiro dia letivo deste ano.

Ele determinou que seja retirado o trecho em que pede que crianças sejam gravadas em vídeo, alinhadas para cantar o Hino Nacional.

O ministro disse ainda, que “percebeu o erro” de inserir o slogan da campanha de Jair Bolsonaro “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”, ao final do e-mail.

Aos jornalistas, Rodríguez disse que tirou “a parte correspondente a filmar crianças sem a autorização dos pais” e, “se alguma coisa for publicada será dentro da lei, com a autorização”. 

A polêmica iniciou depois que o Ministério da Educação enviou a todas as escolas do país, públicas e privadas, um e-mail em que pedia que fosse lida uma carta aos alunos, professores e funcionários com o slogan da campanha de Bolsonaro. 

O comunicado também recomendava que todos fossem “perfilados diante da Bandeira do Brasil” e tocado o Hino. 

A medida repercutiu nas redes sociais e foi questionada por escolas e famílias de alunos. Em nota, o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed) disse que a ação feria não apenas a autonomia dos gestores, mas também os entes da Federação.

veja a repercussão nas redes sociais:

cantei o hino nacional todo santo dia durante meu ensino fundamental e continuo uma grandessíssima filha da puta

— instagram: brunafeia (@brunafeia) 26 de fevereiro de 2019

Seja patriota! Envie seu vídeo com o hino nacional para imprensa@mec.gov.br! Eu já enviei o meu, e você?#HinoNacionalNasEscolas pic.twitter.com/QTgW0A8C72

— Brazilian Rev. Memes (@BRevolutionary_) 26 de fevereiro de 2019

Entendo como equívoco pedir pra filmar e usar o slogan de campanha “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. O slogan do governo é “Pátria Amada Brasil”. No entanto, tenho a impressão que muita gente está incomodada mesmo é com o Hino Nacional.

— Paulo Eduardo Martins (@PauloMartins10) 26 de fevereiro de 2019

(Com informações do Estadão)

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