Maria do Pilar Lima Gonçalves, de 41 anos, chegou cedo para garantir um espaço na corda da Trasladação, neste sábado (10). Ela estava descalça, com os pés enfaixados, para seguir os 3,7 quilômetros de procissão. "Eu enfaixei os pés devido à caminhada, que é longa. O chão está quente e tem muitas pedras que podem causar ferimentos graves", disse.

Maria do Pilar contou que não é católica, mas decidiu pagar promessa no Círio de Nazaré pela saúde de uma tia que há cinco meses sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e precisou ser internada. “O hospital que ela estava pegou fogo e o quadro dela se agravou. Três meses depois, ela saiu do CTI e foi para a enfermaria. Como ela é muito devota de Nossa Senhora de Nazaré, isso foi um grande milagre. Eu sou espírita kardecista, mas estou aqui por amor à minha tia, à Nossa Senhora, e porque Deus é um só”, afirmou.

Adailton Pereira de Sousa, de 22 anos, saiu do município de Tailândia, no sudeste paraense, em uma caravana com cerca de 125 pessoas. Antes de seguir para a Trasladação, o grupo foi acolhido na Casa de Plácido, local que presta assistência aos romeiros do Círio, no Centro Social de Nazaré. “Eu vim para agradecer, porque no ano passado sofri um acidente e Nossa Senhora me curou. Ao chegar à Casa de Plácido, os voluntários nos atendem e nós podemos tomar banho, nos alimentar e até ganhar massagem nos pés”, contou Adailton.

De acordo com a diretoria do Círio, cerca de 1,4 milhão de pessoas participam da Trasladação. É a segunda maior procissão em número de participantes. Neste domingo (10), às 6h30 da manhã, a imagem peregrina sai da Catedral de Belém, em direção à Basília Santuário, na procissão mais aguardada, que deve reunir 2 milhões de pessoas.

(DOL com informações da Agência Brasil)

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