Uma tragédia abateu uma pequena família moradora da Vila Capistrano de Abreu, em Marabá, sudeste paraense, e enfureceu moradores da cidade e região do sudeste paraense que ainda não conseguem compreender as motivações e os requintes de crueldade que resultaram na morte de Júlio Henrique de Miranda, de cinco anos..
Os suspeitos, de acordo com a polícia, seriam três crianças de 9, 11 e 12 anos. O trio foi apreendido pela 21ª Seccional Urbana de Marabá, onde prestaram depoimento. Em um dos áudios no qual o DOL teve acesso, os meninos confessam a autoria do crime e detalham como tudo aconteceu.
Em outro momento, porém, é convocado até a unidade de polícia o pai de dois dos suspeitos, dos meninos de 9 e 12 anos. Questionado sobre a tragédia, ele afirmou desconhecer a história por ser uma pessoa ocupada e constantemente tomada pelo trabalho.
“Por enquanto, eu não tô sabendo de nada, eu estou aqui, mas não tô sabendo. Inclusive, eu tava viajando, cheguei terça-feira. Eu sou um cara ‘sofredor’, um cara que trabalha, não tenho hora para chegar em casa, trabalho dia e noite… Certo, tô aqui, tem esses outros meninos aí, mas eu não tô sabendo o que tá acontecendo”, explica.
O pai das crianças fala ainda sobre o comportamento de seu filho mais velho, o de 12 anos, que foi apontado em um dos testemunhos como supostamente o autor das agressões ao pequeno Júlio. “No dia a dia, ele é estudante. É difícil de acreditar em uma história dessas, eu não sei nem entender. Eu tô aqui por eles, mas não entendo o que tá se passando”, desabafa.
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