No dia 20 de setembro de 2020, um crime movimentou a comunidade de Marabá no sudeste paraense. Um homem que estava conversando com um casal de idosos na calçada de um conhecido comércio na orla da Marabá Pioneira, foi alvejado com um tiro certeiro nas costas. O tiro veio de um veículo parado bem próximo a vítima em meio a movimentação de pessoas e carros daquela tarde quente no município.

Diogo Sampaio de Souza, o “Diogão”, de 38 anos, morreu na hora. O suspeito, Diogo Costa Carvalho, foi preso no dia 28 de outubro de 2021, um ano após o crime. Segundo a Polícia Civil, durante as investigações foi constatado que existia uma discordância e disputas por áreas de mineração entre a vítima e o mandante do crime, o empresário Diogo Costa Carvalho, uma vez que ambos possuíam empresa mineradora em áreas próximas. Ele foi preso.

Agora, a Justiça do Pará concedeu prisão domiciliar ao empresário Diogo Costa Carvalho, acusado de ser o mandante do homicídio contra o também empresário Diogo Sampaio de Souza, o “Diogão”, de 38 anos. Em casa, Diogo Carvalho fará uso do monitoramento eletrônico (tornozeleira) e somente poderá sair de sua moradia para consultas, internações e urgências médicas. O crime ocorreu em 20 de setembro de 2020, na orla do rio Tocantins, em Marabá, região sudeste do Estado do Pará. Outras sete pessoas são acusadas de participação no crime.

Diogo Costa Carvalho, foi preso no dia 28 de outubro de 2021, um ano após o crime
📷 Diogo Costa Carvalho, foi preso no dia 28 de outubro de 2021, um ano após o crime |Reprodução

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“Diogo se encontra em prisão domiciliar para tratamento de saúde. Todo cidadão tem o direito de se defender com dignidade em um processo criminal e a proteção da saúde é um direito fundamental. A jurisprudência do Tribunal de Justiça do Pará é forte nesse sentido, inclusive acompanhando o entendimento do STJ e do STF, em Brasília”, declarou o advogado criminalista Lucas Sá, que atua na defesa do empresário.

O benefício foi concedido a Diogo na última quinta-feira (23), após os advogados do acusado entrarem com um pedido de habeas corpus, conforme informou Lucas Sá, que explicou, ainda, que seu cliente foi preso em outubro de 2021, mas, em dezembro de 2021, foi solto por ordem do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) para tratamento de saúde. Ainda segundo Lucas Sá, em fevereiro de 2022, Diogo foi preso novamente sob a acusação de que teria descumprido o monitoramento eletrônico, durante o período que esteve em casa se tratando.

Diogo Sampaio de Souza, o “Diogão” foi assassinado com tiro certeiro nas costas
📷 Diogo Sampaio de Souza, o “Diogão” foi assassinado com tiro certeiro nas costas |Reprodução

O documento com a decisão, assinado pela desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos, aponta que, na cadeia, Diogo não estaria recebendo o tratamento adequado em razão do “quadro grave e debilitado de saúde em decorrência de hepatite A, colelitíase (pedra na vesícula), necessidade de realização de cirurgia de colecistectomia, bem como a observância de cuidados alimentares específicos ao seu estado e pós-cirurgia bariátrica, conforme prescrito em diversos laudos e exames médicos”. Segundo a defesa de Diogo, tal atenção especial era de conhecimento da Seap.

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