Duas embarcações iranianas estão paradas próximo ao porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, devido a Petrobras se recusar a vender combustível para que os navios, carregados com milho, possam retornar ao seu país de origem.

A proibição foi imposta pela equipe do presidente Jair Bolsonaro. O presidente teme represálias dos EUA caso venda combustível a um país que está sob sanções econômicas impostas pelo governo Trump.

Estados Unidos e Irã têm uma relação conflituosa há décadas, mas nos últimos meses, entre ataques e ameaças pelo controle de rotas petrolíferas, houve um aumento da agressividade nos discursos, acendendo a iminência de um conflito armado.

O clima de tensão entre os países aumentou desde 2018, quando Trump retirou os EUA do acordo nuclear firmado com o país islâmico em 2015, durante o governo Obama. Desde então os dois países têm elevado o tom dos discursos.

Na última semana o presidente Trump impôs uma série de sanções econômicas ao Irã, após o país divulgar que está enriquecendo urânio acima dos níveis considerados pacíficos pelos país ocidentais. Trump ordenou a todos os aliados, entre eles o Brasil, a proibição de se fazer algum tipo de negócio com o país islâmico.

A Petrobras confirmou nesta sexta-feira que não abasteceu os dois navios iranianos, parados desde o inícios de julho, porque as embarcações e a empresa à qual elas pertencem estão sob sanções dos Estados Unidos.

A medida é preocupante, principalmente porque o Irã é um importante parceiro comercial do Brasil no setor de alimentação.

Os navios permanecem parados, pedindo para comprar combustível.