Cerca de 70 pessoas ligadas à Igreja Católica, a maioria Franciscanos, foram presos pela polícia dos EUA após protestarem contra a política de imigração do presidente Trump, principalmente com crianças, que ficam detidas em condições desumanas em postos de controle próximos a fronteira com o México.

Presentes no Capitólio, em Washington, os missionários carregavam fotos de crianças imigrantes que morreram enquanto estavam sob custódia em centros de detenção norte-americanos, quando a polícia chegou e todas foram presas, na quinta-feira (18).

A Rede Franciscana de Ação, um grupo católico em defesa dos direitos humanos, convocou a manifestação para protestar contra as condições desses centros, porque, acusam, que eles constituem uma violação aos direitos humanos.

“Nosso país nasceu na escuridão do que agora chamamos pecado original. E agora, uns 200 anos mais tarde, pensamos que havíamos começado a superar esses pecados. No entanto, nestes dias, Donald Trump está nos arrastando de volta àqueles tempos malignos, com uma combinação de medos irracionais, ódio de pessoas que não são dele e pura crueldade. O que é quase tão maligno, é que os chamados cristãos apoiam e aplaudem e possibilitam essa descida para uma nova era de trevas na América. Estamos falando sobre as evidências para isso e essas ações hoje. Estamos particularmente citando a desumanidade que ocorre, mesmo enquanto falamos, nas nossas fronteiras do sul. É por isso que pedimos aos nossos milhões de irmãs e irmãos católicos, particularmente nossos bispos, que participem da luta pela alma da América”, declarou o frei Joe Nangle, ex- animador de Justiça, Paz e Integridade da Criação da Província Franciscana do Santíssimo Nome.

“As imagens de crianças em condições deploráveis e insalubres, sem acesso a chuveiros por semanas, incomunicáveis e dormindo em pisos de concreto sem cobertores, nos forçaram a ficar em solidariedade e dizer ‘não em nosso nome'”, disse a irmã Áine O. Connor, um dos manifestantes preso.

Os agentes que foram até o local detiveram os religiosos, inclusive, algemando-os, para a revolta de quem presenciava a violência. Veja:

Foto: Reprodução

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