Em 1995, dezenas de múmias caucasianas bem conservadas foram encontradas em uma Bacia Agrícola, na árida província do Turquestão Oriental da China.

Os restos mortais levantaram muitas questões controversas na época. O que indivíduos com características europeias faziam, 2.000 anos antes da Era Comum, no meio de um deserto chinês? Como eles sobreviviam ali? Que tipo de relacionamento eles tinham com seus vizinhos do leste?

Dentre os restos mortais encontrados, uma múmia, cuja análise remonta a um período muito mais distante do que o resto das múmias descobertas vem chamando a atenção por sua beleza e estado de conservação. Os cílios longos nos olhos semiabertos estão adequadamente preservados e os cabelos longos ainda em excelente estado caem sobre os ombros.

O corpo de La Bella de Loulan preservados em perfeitas condições graças ao nível de salinidade dos pisos, exibem roupas de lã tingida de várias cores.
📷 O corpo de La Bella de Loulan preservados em perfeitas condições graças ao nível de salinidade dos pisos, exibem roupas de lã tingida de várias cores. |(Divulgação)

Ela foi batizada como La Bella de Loulan, de 1,55 metros de altura e cabelos ruivos cobertos por piolhos e lêndeas tinha uma considerável carga de areia e fumaça nos pulmões. Suas roupas e sapatos mostravam que foram remendados várias e várias vezes, esses detalhes confirmam vida dura dos indivíduos no deserto chinês há pelo menos três milênios.

Representação artística de como a aparência de “La bella de Loulan” poderia ter sido.
📷 Representação artística de como a aparência de “La bella de Loulan” poderia ter sido. |(Reprodução)

Por enquanto a única certeza que se tem é que a mulher ruiva que viveu e encontrou a morte no meio do grande deserto chinês permanece como um símbolo do que antes era a população de estrangeiros de europeus mais antigos s e mais misteriosos do que hoje é o extenso território chinês.

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