Uma mãe passou por uma situação inusitada com sua filha de apenas três anos. Emily Dempster relatou ao portal australiano Kidspot que sua garotinha chegou ao ponto de quebrar o seu pé quando ela desligou o tablet da pequena. A mãe da criança desabafou sobre a situação que mudou a rotina da sua família. Ela contou que em uma manhã, ela decidiu deixar sua filha um pouco mais no tablet.

“Eu costumava deixar ela e os irmãos entretidos com o tablet/celular/tv ou notebook pelas manhãs enquanto me preparava para ir trabalhar e leva-los para a escola ou creche. Naquele dia, eu a deixei um pouco mais do que o normal, porque estávamos atrasados. Eu geralmente a preparava para quando ia desligar o tablet, explicava que agora precisávamos desligar e tudo o mais. Mas naquele dia por causa da pressa, eu só desliguei o tablet e pronto”, relatou a mãe.

Depois disso, Emily foi amarrar seus sapatos e foi quando o ataque ocorreu. “Minha filha começou a chorar muito. Ela então se aproximou de mim e com toda a sua força, jogou o tablet no meu pé em um acesso de raiva! Doeu demais, uma dor quase insuportável. Precisei ir imediatamente pro hospital, onde o médico constatou que eu havia quebrado o pé. Foram seis semanas de gesso”.

Aquilo foi a gota d’água para Emily e seu marido. “Decidimos tirar os tablets e outras telas dos nossos filhos de vez! Tiramos tudo! No começo eles pareciam viciados em drogas sofrendo uma síndrome de abstinência. Eles ficavam na posição fetal se balançando, gritavam…mas eu e meu marido permanecemos firmes. Poucos dias depois, eles simplesmente se esqueceram das telas. Eu fiquei impressionada com o quão fácil foi. Eles começaram a brincar com seus brinquedos, falavam mais com a gente e ficaram muito mais calmos. Passamos a ter mais tempo para abraços, eles passaram a se arrumar com mais calma pelas manhãs, não ficávamos mais atrasados para sair e meus filhos passaram a brincar muito mais fora de casa”, relatou Emily.

Após pesquisar sobre a questão das telas, Emily e o marido chegaram a um acordo e decidiram que proibir completamente não era o caminho correto, até porque as crianças tinham lições de casa que precisavam ser feitas no tablet. Eles então limitaram as horas de exposição.

“Durante a semana ele só podem usar o computador, tablet, etc para as lições de casa. E aos finais de semana podem ficar no tablet, computador ou outro por no máximo duas horas por dia. Para nós tem sido ótimo, nós nos sentimos muito mais conectados como família, o sono dos meus filhos melhorou muito e eu e meu marido conseguimos até ter um momento para nós”, concluiu Emily.

A mãe relatou que a filha parecia uma pessoa viciada em drogas Foto: REPRODUÇÃO

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