O Cazaquistão negou, na sexta-feira (10), o alerta dado pela embaixada chinesa sobre o surto de uma pneumonia "desconhecida" e "mais mortal que a COVID-19" no país da Ásia Central.

Na quinta-feira (9), a China enviou uma mensagem aos cidadãos que mora no Cazaquistão sobre uma nova doença com "índice de mortalidade superior à COVID-19". Segundo o texto, a pneumonia teria provocado 1.772 mortes no começo do ano e "628 apenas em junho".

O comunicado citava o termo "pneumonia cazaque", mas foi substituído por "pneumonia não COVID".

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A embaixada diz que três regiões do país estão afetadas e cidadãos chineses estão entre as vítimas.

Porém, o ministério cazaque da Saúde informou que as afirmações "da mídia chinesa não correspondem à realidade". Segundo a pasta, os pacientes estão registrados como afetados por pneumonia e não pelo SARS-COV-2, pois os testes para COVID-19 deram negativos.

O Cazaquistão registrou até esta sexta-feira 57.747 casos e 264 mortes. Entretanto, assim como seus vizinhos da Ásia Central, o país é acusado por observadores e ONGs de esconder dados e minimizar a dimensão da pandemia.

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