Uma vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto de Produtos Biológicos de Pequim, ligado à farmacêutica estatal chinesa Sinopharm, teve resultados promissores de testes clínicos iniciais (fase 1 e 2) divulgados nesta quinta-feira (15) na revista científica The Lancet Infectious Diseases.

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De acordo com o estudo, assinado por pesquisadores chineses de diversas instituições de pesquisa daquele país, a vacina chamada BBIBP-CorV, ainda em desenvolvimento, foi capaz de gerar anticorpos neutralizantes do coronavírus Sars-CoV-2 mesmo em pessoas com mais de 60 anos, as que têm maior risco de morte causada pela Covid-19.

Nos participantes mais velhos, porém, a resposta imunológica levou mais tempo para ser detectada do que naqueles de idades entre 18 e 59 anos –segundo os resultados, houve um atraso médio de cerca de 14 dias até que a reação fosse registrada. Os níveis de anticorpos encontrados nessas pessoas também foi mais baixo do que nos mais jovens.

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Ainda não é possível dizer se a vacina protege contra a infecção pelo novo coronavírus - somente um teste clínico de fase 3, realizado com milhares de participantes acompanhados por vários meses, pode atestar a eficácia da substância e demonstrar o nível de proteção que ela concede.

De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não há pedido de registro ou de pesquisa com a vacina da Sinopharm no Brasil até o momento.

De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), não há pedido de registro ou de pesquisa com a vacina da Sinopharm no Brasil até o momento. Foto: Américo Santos/SEI

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