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COVID-19

Variante com mais mutações é encontrada na África do Sul

Casos relacionados à variante C.1.2 foram registrados em outros sete países, incluindo Inglaterra, Portugal, Suíça e China

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Imagem ilustrativa da notícia Variante com mais mutações é encontrada na África do Sul camera Casos relacionados à cepa já foram registrados em outros sete países | Reprodução: Freepik

Há quase dois anos, o mundo todo está vivendo a pandemia da covid-19 e, a cada dia, surgem novas variantes que causam preocupação entre especialistas e estudiosos, levantando até dúvidas sobre quando a crise do novo coronavírus irá de fato acabar.

E um novo alerta acaba de chegar da África do Sul: cientistas do país africano afirmam ter encontrado uma nova variante do coronavírus com alta capacidade de mutação. A C.1.2, identificada pela primeira vez em maio deste ano no país, parece ter se tornado mais infecciosa do que as demais variante de preocupação que circulam pelo mundo, com aproximadamente o dobro da taxa de mutação destas.

Casos relacionados à cepa já foram registrados em outros sete países, incluindo Inglaterra, Portugal, Suíça, China, Nova Zelândia, República Democrática do Congo e Ilhas Maurício.

Nova variante do coronavírus, mais transmissível, é identificada no Brasil

A descoberta dos especialistas do Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis da África do Sul e da Plataforma de Inovação e Sequenciamento de Pesquisa KwaZulu-Natal em Durban, na África do Sul, foi publicada na Revista Nature.

“Nós descrevemos e caracterizamos uma linhagem Sars-CoV-2 recém-identificada com várias mutações de pico que provavelmente surgiram em uma grande área metropolitana da África do Sul após o primeira onda da epidemia, e depois se espalhou para vários locais dentro de duas províncias vizinhas”, disseram os cientistas.

Eles observaram um aumento mensal no número de genomas C.1.2 na África do Sul, passando de 0,2% em maio para 1,6% em junho e 2% em julho. “Mostramos que esta linhagem se expandiu rapidamente e se tornou dominante em três províncias, ao mesmo tempo em que houve um rápido ressurgimento das infecções”, afirmaram.

O estudo destaca que, “embora a importância total das mutações ainda não esteja clara, os dados genômicos e epidemiológicos sugerem que esta variante tem uma vantagem seletiva – de maior transmissibilidade, escape imunológico ou ambos”.

A conclusão sugere que a cepa possa escapar da proteção oferecida pelas vacinas.

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