O Reino Unido começa a sentir os efeitos da recente saída da União Europeia. Escassez de produtos e serviços aumentam a cada dia. E, como se não fosse bastante, a pandemia veio para piorar ainda mais a situação dos britânicos.

Supermercados com prateleiras vazias, pubs sem cerveja, McDonald's sem milk-shake, KFC sem frango. O país passa por uma crise que vai muito além do que pode ser visto nas prateleiras, afetando toda uma cadeia de abastecimento.

A explicação desse cenário, para especialistas, é uma combinação do Brexit com a pandemia, que acabou contribuindo para a escassez de trabalhadores e introduziu várias barreiras comerciais com países da União Europeia.

Apesar do panorama, há vagas de trabalhos disponíveis no Reino Unido. A pandemia pressionou os produtores de alimentos e restaurantes para encontrar trabalhadores. No entanto, a exemplo do que acontece nos EUA, as vagas não correspondem ao nível de qualificação ou o que as pessoas querem fazer.

E as empresas já começaram a sentir os impactos. Dados da produção de agosto, divulgados pla IHS Markit, mostraram uma forte desaceleração da economia do Reino Unido. As empresas relataram restrições generalizadas à atividade empresarial devido à falta de funcionários e problemas da cadeia de abastecimento, com problemas principalmente nos setores de manufatura e serviços.

"A análise da pesquisa sugeriu que as incidências de redução da produção devido à escassez de pessoal ou materiais foram 14 vezes maiores do que o normal e as maiores desde o início da pesquisa em janeiro de 1998", afirmou a IHS Markit.

Imagens de prateleiras vazias são comuns no Reino Unido atualmenye Foto: Reprodução/Redes Sociais

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