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ESPANHA

Criminalização da prostituição pode "desempregar" 400 mil

A medida pode deixar profissionais do sexo sem trabalho e só entre mulheres os números chegam a quase meio milhão

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Imagem ilustrativa da notícia Criminalização da prostituição pode "desempregar" 400 mil camera A expectativa do governo é consolidar o novo regulamento até 2023 | Reprodução

Há quem diga que a prostituição é a profissão mais antiga do mundo. De forma irônica é também dita "vida fácil", o que na maioria das vezes é contestado por quem realmente atua, afinal nem tudo é prazer, e ali pode haver muito de necessidade.

Em discurso no último domingo (17), o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou que o governo estuda criminalizar a prostituição no país. Segundo Sánchez, a atividade "escraviza" as mulheres e a prática deve ser abolida.

A medida é uma das principais apostas no âmbito das políticas sociais que a equipe do premiê decidiu concretizar, que prevê a elaboração de uma lei para declarar a ilegalidade da atividade, assim como penalidades para clientes. Atualmente, a exploração sexual é ilegal na Espanha, mas a prostituição não está regulamentada por lei e não existe punição para quem oferece os serviços sexuais, desde que não aconteçam em espaços públicos.

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De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), existem cerca de 350 mil prostitutas no país e quase um em cada quatro homens está disposto a pagar por sexo. As autoridades calculam que "mais de 80% das mulheres que se prostituem são forçadas ao ato sexual".

A expectativa do governo é consolidar o novo regulamento até 2023. Após o anúncio, a presidente do Sindicato das Profissionais do Sexo (OTRAS), Concha Borrell, disse que a medida pode deixar 400 mil mulheres sem trabalho e renda no país.

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