Já pensou ter uma relíquia usada para adornar a sua sala e de repente descobrir que ela se trata de uma outra coisa? Aquele bibelô de tão alta estima sendo tudo, menos o que realmente é.

Um grupo de pesquisadores encontrou um curioso pote de cerâmica estilhaçado em pedaços grandes, no que inicialmente acreditaram tratar-se de um vaso de flores romano. Ao coletarem o material, conduziram os resquícios para um laboratório, visando analisar o objeto em um processo de datação.

Após uma analise minuciosa, ele não apenas descobriram que o vaso foi confeccionado há cerca de 1,5 mil anos, como também teve resquícios de ovos de um parasita intestinal humano identificado no artefato. Tal descoberta levou os cientistas acreditarem que o objeto tratava-se, na verdade, de um penico, onde os romanos antigos defecavam. O estudo foi publicado na revista cientifica sciencedirec.

Veja também:

Ao ser remontado, eles perceberam que o tamanho original atingia 32 centímetros de altura e 34 de largura. Dessa maneira, o local da descoberta, na Vila de Gerace, em Sicília, teve um hábito antigo desvendado; seus habitantes não contavam com latrinas, mas sim, estes baldinhos para realizar as necessidades e descartá-las.

Pote encontrado em Sicília já remontado
📷 Pote encontrado em Sicília já remontado |Divulgação / Roger Wilson

Em entrevista a revista científica Phys, o coautor do estudo, Roger Wilson, arqueólogo da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, explicou a importância desse achado na arqueologia.

“Potes cônicos desse tipo foram amplamente reconhecidos no Império Romano e, na ausência de outras evidências, muitas vezes foram chamados de frascos de armazenamento”.

MAIS ACESSADAS