Pelo menos 17 mulheres e crianças ficaram feridas após um ataque russo à maternidade e a um hospital infantil na cidade de Mariupol, sul da Ucrânia, no último dia 9 desse mês. Imagens do local indicam que a área ao lado do prédio foi atingida por artilharia ou por aviões, sendo considerada uma “destruição colossal”.
Naquele triste dia, a imagem de uma mulher grávida e ensanguentada sendo socorrida em meio aos escombros rodou o mundo e se tornou um dos símbolos do ataque ao hospital, descrito por autoridades ucranianas como um crime de guerra.
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De acordo com a Agência Associated Press, a mulher foi levada a outro hospital , ainda próximo ao fronte de batalha, com ferimentos graves na pélvis e no quadril. Os médicos fizeram uma cesariana, mas o bebê já estava morto.
Um cirurgião, ao perceber que estava perdendo o bebê, a mulher chegou a gritar: "Me matem agora". Ela foi submetida a técnicas de ressuscitação, mas não resistiu aos ferimentos. Os médicos disseram que não tiveram tempo de pegar o nome da mãe e do bebê, e ela foi identificada pelo marido após o falecimento.
Ainda de acordo com a agência de notícias, a mulher era uma de três gestantes que foram identificadas como vítimas do ataque à maternidade. As outras duas e seus respectivos bebês sobreviveram. A equipe médica disse ainda que se sentia grata porque, apesar da tragédia, a mulher não foi enterrada em uma vala comum.
RÚSSIA SE MANIFESTA
A Rússia justificou o ataque dizendo que extremistas ucranianos usavam a maternidade como esconderijo, e disse que não havia médicos e pacientes no local. Jornalistas, porém, viram e relataram uma série de feridos sendo resgatados às pressas, incluindo grávidas e crianças.
O Ministério da Defesa da Rússia negou, no dia seguinte, que suas tropas tenham bombardeado o local. Segundo a pasta, imagens de pessoas feridas e as acusações por parte de autoridades ucranianas fazem parte de uma "provocação encenada".
O chanceler russo, Serguei Lavrov, descreveu como "patéticas" as alegações de ataque. Ele afirma que, ao contrário do que foi dito por Kiev, o prédio atacado estava sem pacientes há dias e vinha sendo ocupado por soldados ucranianos.
A embaixada da Rússia no Reino Unido fez uma série de publicações no Twitter e no Facebook chamando o bombardeio da maternidade de "fake news". O material, contudo, foi removido pelas plataformas. Uma das postagens trazia imagens com uma tarja vermelha com a palavra "fake" (falso) e dizendo que a maternidade servia de base para a resistência ucraniana contra as forças russas.
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