Os planos para o funeral da rainha Elizabeth 2ª estavam desenhados há anos, e provavelmente a própria monarca ajudou no cronograma, conhecido como "Operação London Brigde", em referência ao cartão-postal de Londres.
Uma série de eventos vão se estender por nove dias a partir de quinta-feira (8), quando a morte da rainha foi anunciada, conhecido como "Dia D". O funeral de fato só deve ocorrer no final desse período, na Abadia de Westminster, em Londres.
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De acordo com o plano oficial, o secretário da rainha prepararia a notícia da morte de Elizabeth 2ª enquanto ela ainda estivesse sob cuidados médicos. Quando fosse confirmado o fato, ele avisaria a primeira-ministra, Liz Truss, com a frase-código "London Bridge is down", ou "a London Bridge caiu".
O plano detalha todas as ações que devem ser realizadas e se encerra no 10º dia, com o funeral da rainha. No protocolo, a data da morte é referida como "Dia D", e os seguintes são "D+1", "D+2", continuando assim até a despedida final.
DIA D
No dia da morte da rainha Elizabeth, o Centro de Resposta Global (FCDO) envia a notícia para os governos fora do Reino Unido onde a monarca é Chefe de Estado e para os países da Commonwealth, onde ela é respeitada.
Todos os ministros são informados sobre o falecimento por e-mail e os representantes da família real divulgam a notícia ao público, por meio da mídia e das redes sociais. As bandeiras de Whitehall são abaixadas a meio mastro em até 10 minutos após o anúncio. Em seguida, a primeira-ministra, Liz Truss, faz um pronunciamento oficial e agenda uma reunião com o novo rei, Charles.
DIA D+1
Às 10h, o Conselho de Adesão, que inclui figuras importantes do governo, se reúne com Charles no Palácio de St. James para proclamá-lo rei. O parlamento também se junta para aprovar uma mensagem de condolências. Todos os trabalhos parlamentares são suspensos por 10 dias. Às 15h30, a primeira-ministra, representantes do governo e o novo rei têm uma nova reunião.
DIA D+2
O caixão da rainha Elizabeth 2ª chega ao Palácio de Buckingham. Como a monarca faleceu em Balmoral, na Escócia, são duas as opções: seu corpo pode ser transportado para Londres pelo trem real (Operação Unicorn) ou, caso não seja possível, por avião (Operação Overstudy). A primeira-ministra e os ministros participam de uma cerimônia para receber o caixão. Dia D+3 Pela manhã, o rei Charles recebe a moção de condolências no Westminster Hall. À tarde, ele embarca em uma viagem de luto pelo Reino Unido — começando com uma visita ao parlamento escocês e um serviço na Catedral de St. Giles, em Edimburgo.
DIA D+3
Pela manhã, o rei Charles recebe a moção de condolências no Westminster Hall. À tarde, ele embarca em uma viagem de luto pelo Reino Unido — começando com uma visita ao parlamento escocês e um serviço na Catedral de St. Giles, em Edimburgo.
DIA D+4
O rei Charles chega à Irlanda do Norte, onde recebe outra moção de condolências no Castelo de Hillsborough e participa de um serviço na Catedral de St. Anne, em Belfast. Neste dia também ocorre um ensaio para o transporte do caixão entre o Palácio de Buckingham e o Palácio de Westminster.
DIA D+5
Ocorre a procissão do Palácio de Buckingham ao Palácio de Westminster ao longo de uma rota cerimonial por Londres. Também acontece um serviço memorial no Westminster Hall após a chegada do caixão.
DIA D+6
Do D+6 ao D+9, o corpo da rainha Elizabeth 2ª fica no Palácio de Westminster recebendo visitas — que são abertas ao público, mediante compra de ingresso. No D+6, é realizado um ensaio para o cortejo do funeral de Estado.
DIA D+7
O rei Charles viaja para o País de Gales para receber outra moção de condolências do parlamento galês e participar de um serviço na Catedral de Llandaff, em Cardiff.
DIAS D+8 E D+9
Milhares de pessoas prestam suas homenagens à rainha Elizabeth — a monarca mais longeva da história do Reino Unido e a que há mais tempo ocupava o poder no mundo.
DIA D+10
O funeral da rainha é realizado na Abadia de Westminster e o dia é proclamado como luto nacional. Elizabeth é sepultada no Castelo de Windsor, na Capela Memorial do Rei George VI, ao lado de seu pai. Ocorre dois minutos de silêncio ao meio-dia em todo o país e duas procissões — uma em Londres e outra em Windsor.
REI CHARLES
No segundo seguinte à morte da rainha, o príncipe Charles se tornou rei –embora sua coroação ainda vá levar meses, talvez até um ano. Ele tem permissão para escolher seu próprio nome e deve se chamar rei Charles 3º.
A oficialização de sua realeza deve acontecer nesta sexta-feira (9), depois que seus irmãos beijarem suas mãos, de acordo com o planejamento. Em seguida, espera-se que ele se reúna com a primeira-ministra e outros funcionários do alto escalão do governo, sendo informado sobre coisas que apenas sua mãe conhecia anteriormente.
Enquanto o longo velório da soberana se desenrola, Charles visitará a Escócia, a Irlanda do Norte e o País de Gales. Seu primeiro pronunciamento como monarca está previsto para ocorrer no Palácio de St James, em Londres.
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