Um incêndio florestal causou danos irreparáveis a algumas das emblemáticas estátuas sagradas da Ilha de Páscoa. O fogo começou na última segunda-feira (3/10) e atingiu mais de 100 hectares do parque nacional Rapa Nui, danificando um número ainda desconhecido de esculturas de pedra conhecidas como "moais".
Caracterizadas por suas grandes cabeças, atualmente existem mais de 887 moais espalhados por toda a Ilha, que foram construídos entre 1250 a 1500 pelo povo Rapanui. Medindo cerca de 4 a 6 metros de altura, e seu peso médio é de 14 toneladas; o mais alto deles tem quase 10 m de altura e há uma estátua inacabada que, pronta, teria cerca de 21 metros de altura.
A área ao redor do vulcão Rano Raraku, patrimônio mundial da Unesco, foi a mais afetada pelo incêndio. Estima-se que existam várias centenas de moais nessa área, além da pedreira de onde foram extraídas as pedras usadas para esculpir as estátuas. Segundo as autoridades, várias delas ficaram carbonizadas.
Ariki Tepano, que administra o Parque Natural Rapa Nui, disse que "as consequências vão além do que os olhos podem ver". Isso porque a exposição a altas temperaturas pode causar grandes fraturas que afetam a integridade dos monumentos. O tamanho real do estrago ainda está sendo calculado pelos arqueólogos.
Pedro Edmunds Paoa, prefeito da Ilha de Páscoa, acredita que o incêndio “não foi um acidente”. Em entrevista a uma rádio local, ele afirmou que “todos os incêndios em Rapa Nui são causados por seres humanos”. O local reabriu para turistas no início de agosto desse ano, após ter ficado fechado durante dois anos devido à pandemia de COVID-19.
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