Os Estados Unidos é tem o mais rigoroso regime de leis do planeta e a pena de morte é aplicado em casos em condenados em crimes de assassinato, homicídios múltiplos e crimes considerados hediondos. O método é através da injeção letal. O processo é longo e a espera dura anos para os prisioneiros no chamado corredor da morte.
Nesta quarta-feira (19), a Suprema Corte dos Estados Unidos se recusou a conceder indulto a um preso no corredor da morte. O réu será executado no estado de Oklahoma, apesar de seus advogados afirmarem que ele sofre de sérios problemas psiquiátricos.
Benjamin Cole, de 57 anos, receberá uma injeção letal nesta quinta-feira (20) às 12h00, na prisão de McAlester, centro dos EUA.
O criminoso foi condenado à pena de morte em 2004 pelo assassinato de sua filha, Brianna, de nove meses. De acordo com as autoridades, ele matou a criança para que fizesse silêncio e assim pudesse retomar sua partida de videogame.
Segundo seus advogados, Cole sofre "uma doença mental debilitante" e a Suprema Corte dos Estados Unidos proibiu a execução de prisioneiros que não entendem as razões da punição, mas segundo a Corte, não é o caso de Cole.
O diagnóstico inclui "esquizofrenia do tipo paranoica e danos cerebrais", afirma o relatório da defesa.
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Sua condição piorou ao ponto de estar "em grande parte catatônico", acrescenta a defesa. "Ele não consegue cuidar da higiene, engatinha quando não tem cadeira de rodas e mal se comunica com os guardas".
Com a aproximação da data para sua execução, os defensores de Cole multiplicaram os apelos urgentes para tentar salvá-lo. No entanto, as autoridades de Oklahoma alegaram que Cole está capacitado para ser executado.
O condenado se identifica como "judeu messiânico" e tem "inteligência para falar", mas se cala com seus advogados pois não entendem "sua extrema religiosidade", de acordo com sua apresentação perante à Suprema Corte.
"Ele aceitou falar com um especialista neutro em um hospital estadual e expressou muito claramente sua compreensão da sentença", acrescentaram as autoridades.
Para a defesa, essa explicação é "implausível". "O fato dele poder ter uma longa conversa (...) contradiz os relatos dos guardas, equipe médica e outros que não conseguiram ter interações significativas com Cole nos últimos anos", disse a advogada Emma Rolls em comunicado.
Os Estados Unidos tiveram 11 execuções este ano, três delas em Oklahoma.
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