plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 27°
cotação atual R$


home
GUERRA

Rússia ataca com mísseis sistema energético da Ucrânia

Houve explosões relatadas em pelo menos dez cidades ucranianas. Algumas regiões estão sem luz.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Rússia ataca com mísseis sistema energético da Ucrânia camera Fumaça sobe após ataque com míssil na periferia de Kiev, capital da Ucrânia, nesta segunda (31) | Reprodução/ Twitter

A Rússia fez um amplo ataque com mísseis de cruzeiro e balísticos contra a infraestrutura energética da Ucrânia nesta segunda (31), dando continuidade à sua tática de pressionar o vizinho com blecautes e falta de água enquanto o inverno do Hemisfério Norte se aproxima.

Segundo o governo ucraniano, houve explosões relatadas em pelo menos dez cidades. A Força Aérea relatou ter interceptado 44 de 50 projeteis, mas a conta não fecha com o número de alvos atingidos –principalmente centrais ligadas a hidroelétricas e centros de distribuição de energia. Algumas regiões estão sem luz.

Na capital, Kiev, uma grande explosão foi filmada. Moradores se esconderam no metrô da cidade durante a ação, ocorrida no começo da manhã, a hora do rush (madrugada no Brasil). O governador da região homônima, Oleskii Kuleba, afirmou haver ao menos um morto.

Os mísseis de cruzeiro foram lançados de bombardeiros estratégicos Tu-160 e Tu-95 voando em espaço aéreo russo sobre o mar Cáspio e a região de Rostov.

Nesta nova fase da guerra iniciada há oito meses, o governo de Vladimir Putin tem buscado degradar a rede energética do vizinho, como tática de desmoralizar suas forças e dificultar a montagem de novas contraofensivas: o sucesso da retomada de Kharkiv e as ameaças contra linhas russas em Kherson e Donetsk deram lugar ao longo deste mês a uma disputa mais estática.

A tentativa de estabilização da frente nas quatro regiões que Putin anexou em setembro foi acompanhada pela mobilização de 300 mil reservistas, completada na sexta (28). Segundo o Ministério da Defesa russo, 80 mil já foram enviados para a Ucrânia. Não há como verificar isso de forma independente, nem avaliar o grau de treinamento desses soldados.

Seja como for, autoridades em Moscou ouvidas pela Folha de S.Paulo na semana passada afirmam que os reforços já se fizeram sentir, e que a destruição da infraestrutura ucraniana é apenas o começo de uma guerra mais brutal.

A nova tática foi implementada a partir da cereja do bolo das más notícias de setembro e outubro, o ataque contra a ponte que liga a Crimeia ao território continental russo, obra de 2018 que coroou a anexação promovida por Putin quatro anos antes como reação à destituição do governo aliado da Rússia em Kiev.

"Não foi eu quem deu um golpe em 2014", disse o presidente na quinta (27), em encontro com analistas internacionais, deixando claras a visão dos fatos e a linha do tempo que ele usa para descrever os eventos que levaram à invasão.

Neste fim de semana, a tensão mais ampla do conflito foi elevada com o ataque a navios da Frota do Mar Negro em sua base crimeia, em Sebastopol.

Ao menos um caça-minas foi danificado, mas imagens quase de videogame de um drone marítimo se aproximando de uma fragata sugerem que a nau-capitânia local, a Almirante Makarov, possa ter sido atingida. Seu antecessor no posto de navio principal da frota, o cruzador Moskva, foi afundado perto da costa ucraniana em abril.

A Rússia acusou diretamente o Reino Unido de montar a ação e fez uma alegação ainda mais grave: Londres estaria por trás das explosões que danificaram 3 dos 4 ramos do sistema de gasodutos russo-alemão Nord Stream.

Os britânicos negaram, mas a retaliação imediatada de Moscou foi suspender o acordo de escoamento de grãos ucranianos a partir de seus portos remanescentes no mar Negro. Os russos inclusive sugeriram que drones possam ter sido lançados de navios civis da iniciativa, que já logrou enviar 8 milhões de toneladas de produtos ao exterior.

Até aqui, contudo, não foi retomado um bloqueio naval. Nesta segunda, 12 cargueiros deixaram a Ucrânia pelo corredor marítimo e, até aqui, não tiveram problemas. Isso sugere uma porta aberta para negociação, elevando as demandas, até porque o acordo atual mediado pela Turquia e pela ONU expiraria em 19 de novembro.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Mundo Notícias

    Leia mais notícias de Mundo Notícias. Clique aqui!

    Últimas Notícias