A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou um surto do vírus de Marburg, um dos mais letais do mundo, em Guiné Equatorial. Em entrevista ao UOL News, na última quarta-feira (15), o médico sanitarista Gonzalo Vecina explicou que a alta taxa de letalidade do vírus (em média, de 50%) dificulta a migração para outras regiões e que ele deve ficar restrito à África.
Segundo o sanitarista, o vírus se propaga muito rápido e com níveis alto de mortalidade, o que transforma em um vírus que não tem capacidade muito grande de se deslocar. "Ele mata muito rapidamente os pacientes que infecta. È muito semelhante ao ebola na forma de atacar nosso corpo. Dificilmente ele vai migrar para o espaço que está ocupando na Guiné Equatorial", diz Vecina.
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Vecina alertou para a necessidade de uma ação rápida do governo local, com a ajuda da OMS, para conter o avanço do vírus de Marburg. O surto já provocou a morte de nove pessoas no país africano, que decretou estado de alerta sanitário.
"É muito preocupante para as populações africanas. Naquele espaço, ele irá se disseminar se os cuidados não forem tomados de forma rápida e drástica. A expectativa é que Guiné Equatorial consiga contornar, junto com o apoio da OMS, a ocorrência desse surto e que ele não se espalhe além daquela região", acrescenta o sanitarista.
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