ONU alerta sobre ponto de "não retorno" para a Terra em 2030

A Terra está chegando ao seu limite. Esta é a conclusão de um relatório publicado pelas Nações Unidas nesta segunda-feira (20), que aponta um ponto de “não retorno” do planeta no ano de 2030.

Este ponto de não retorno estaria associado ao aquecimento global e a desastres ambientais provenientes da grande mudança climática que o planeta irá sofrer, um problema que vem sendo alertado ao longo dos anos nas diversas conferências internacionais sobre o clima.

A previsão dos cientistas é que em 2030 a Terra terá ultrapassado um aquecimento de 1,5º C, temperatura que causará transformações severas e irreversíveis em todo o planeta.

Esperança

Apesar do alarme, o documento também apresenta medidas assertivas que podem amenizar os piores efeitos da mudança climática, entre eles, o corte rápido no uso de combustíveis fósseis, um dos principais vilões do aquecimento global.

As revelações do relatório foram recebidas pelo secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, que afirmou ser responsabilidade de todos os países do mundo reduzir a zero a emissão de combustíveis fósseis na próxima década.

Esta seria a primeira medida para acabar com gases do efeito estufa, que aumentam a concentração do CO2 na atmosfera, que atualmente é a mais alta em 2 milhões de anos.

Há uma janela de oportunidade que se fecha rapidamente para garantir um futuro habitável e sustentável para todos”, afirma o relatório.

Os cientistas envolvidos no relatório afirmam projetos que exploram poços de petróleo e utilizam gasodutos já seriam suficientes para estourar o limite de carbono estipulado para 2030, sendo assim, essencial que os países reduzam ou paralisem essas atividades econômicas.

“Se almejamos 1,5°C e alcançamos 1,6°C, ainda é muito melhor do que dizer que é tarde demais, estamos condenados e nem estou tentando”, disse Friederike Otto, do Imperial College, que participou do relatório.

Diante de todas as informações do documento, o secretário-geral da ONU pediu para que os países adiantem seus planos para zero emissões em uma década. O objetivo é que no máximo até 2040 todos atinjam a meta de zerar as emissões de carbono.