Vaticano vai investigar supostas aparições da Virgem Maria

O Vaticano anunciou que criou uma comissão para estudar casos de supostas aparições da Virgem Maria e outros fenômenos religiosos. O novo órgão estudará casos que ainda não receberam um pronunciamento oficial da Igreja a respeito de sua autenticidade. Cerca de 2 mil aparições foram registradas no mundo, mas a Santa Sé reconheceu apebas 16.

A finalidade da comissão é "dar um apoio concreto ao estudo, autenticação e divulgação correta de tais eventos, sempre em harmonia com o ensinamento da Igreja, autoridades competentes e normas aplicáveis da Santa Sé", disse o padre franciscano Stefano Cecchin, presidente da Academia Mariana.

O órgão investigará os casos como supostas aparições marianas. Dentre os quais estão estátuas de Maria que choram, revelações privadas e estigmas. “É importante fornecer clareza porque muitas vezes supostas mensagens geram confusão, espalham cenários apocalípticos indutores de ansiedade ou até acusações contra o papa e a Igreja”, disse Cecchin. "Como poderia Maria, mãe da Igreja, minar a integridade (da Igreja) ou semear medo e conflito, ela que é mãe misericordiosa e rainha da paz?" questionou.

Veja também:

Jovem fica conhecida como "Virgem Maria" após contar que engravidou sem transar

Padre usa 21 palavras diferentes para xingar imagem 'alternativa' da Virgem Maria

Católicos boicotam 'Jesus' após polêmica com Virgem Maria

De acordo com o religioso, cada aparição mariana é associada a um ou mais títulos dados a Maria, muitas vezes com base na localização do fenômeno, como Nossa Senhora de Pontmain, em Pontmain, França (1871). Algumas aparições marianas têm apenas uma suposta testemunha, como a de Nossa Senhora de Lourdes (França, 1858). Outras têm múltiplas testemunhas, como no caso de Nossa Senhora de Fátima (Portugal, 1917), quando três crianças afirmaram ter visto a Virgem.