Arqueólogos ficaram surpresos ao encontrarem um antigo cajado de madeira em forma de serpente em um lago na região de Järvensuo, na Finlândia. Os pesquisadores acreditam que a peça tenha cerca de 4400 anos e tenha sido usado em algum tipo de contexto místico e pode ter pertencido a um xamã. A descoberta foi publicada na revista Livescience.
O xamanismo é uma crença espiritual/religiosa que busca a força interior e o reencontro dessa com os ensinamentos da natureza. Para os adeptos do xamanismo, a cura para todos os males está dentro de cada ser e por isso ninguém pode curar ninguém e sim a pessoa cura a si mesma.
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O cajado tem 53 centímetros de comprimento e cerca de 2,5 cm de espessura. Segundo os cientistas, a peça foi esculpida a partir de um único pedaço de madeira.
"A figura é muito naturalista e lembra uma cobra (Natrix natrix) ou uma víbora europeia (Vipera berus) deslizando ou nadando para longe", diz o estudo, liderado por Satu Koivisto, da Universidade de Turku.
A singularidade do artefato chamou a atenção dos arqueólogos. "Já vi muitas coisas extraordinárias em meu trabalho como arqueólogo de pântanos, mas a descoberta desta estatueta me deixou totalmente sem palavras e me deu arrepios", afirmou Koivisto.
Segundo o especialista, o artefato pode ter sido usado como uma estatueta decorativa, ou talvez fosse um cajado usado por um xamã.
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Os pesquisadores explicam que as cobras tinham um forte significado simbólico tanto na cosmologia fino-úgrica quanto na cosmologia Sámi (culturas milenares da região). Segundo a tradição desses povos, os xamãs tinham o poder de se transformar em serpentes. Novos estudos estão sendo feitos no local onde o cajado foi descoberto para tentar descobrir mais informações a respeito do artefato.
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