O fascínio que o Egito exerce sobre a humanidade, com suas pirâmides, deuses, faraós, múmias e hieróglifos não é um fenômeno recente. Para historiadores e entusiastas de civilizações antigas há várias formas de conhecer mais sobre o passado através de livros, filmes ou documentários. Mas já imaginou em poder, literalmente, respirar a História?

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Cientistas do Instituto Max Planck de Geoantropologia, na Alemanha, conseguiram recriar o odor do bálsamo utilizado no processo de mumificação dos mortos no Antigo Egito. Um artigo publicado nesta quinta-feira (31) na revista Scientific Reports, pertencente ao grupo Nature, relata uma descoberta impressionante: o “cheiro da vida após a morte”.

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Um dos jarros canópicos de calcário que abrigam os restos mumificados na nobre Senetnay.
📷 Um dos jarros canópicos de calcário que abrigam os restos mumificados na nobre Senetnay. |Crédito: Christian Tepper/Museu August Kestner, Hannover

A partir de resíduos retirados dos órgãos mumificados de uma mulher de classe alta chamada Senetnay, que viveu há 3.500 anos, os pesquisadores conseguiram identificar nos restos mortais materiais como cera de abelha, óleos de plantas e resinas de árvores. E assim nasceu o “perfume do para sempre”, que foi como chamado, pelos arqueologia, a fragrância misteriosa.

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O perfume final, juntamente com pedaços de resina dammar – que, se confirmado estar presente no bálsamo, poderia mudar radicalmente nossa visão do comércio egípcio antigo.
📷 O perfume final, juntamente com pedaços de resina dammar – que, se confirmado estar presente no bálsamo, poderia mudar radicalmente nossa visão do comércio egípcio antigo. |Crédito: Barbara Huber

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