As autoridades indianas estão em estado de alerta devido a um surto do mortal vírus Nipah, que já causou cinco casos confirmados e duas mortes em Kerala, sul da Índia. O estado adotou medidas rigorosas para conter a propagação do vírus, incluindo o fechamento temporário de escolas e escritórios. Até o momento, 706 pessoas, incluindo 153 trabalhadores de saúde, foram testadas na tentativa de conter a disseminação da doença.
Este é o quarto surto de Nipah em Kerala desde 2018, quando a doença causou a morte de 21 das 23 pessoas infectadas. O vírus Nipah é classificado como zoonótico, o que significa que é transmitido de animais para humanos. Morcegos frugívoros são considerados os principais reservatórios do vírus, que pode ser transmitido também por alimentos contaminados ou de pessoa para pessoa.
Os sintomas do Nipah incluem febre, náuseas, vômitos, além de complicações graves como encefalite, que é uma inflamação no cérebro. O período de incubação do vírus varia de 4 a 14 dias, mas casos com até 45 dias de incubação já foram registrados, dificultando o diagnóstico e a detecção de surtos.
Embora não haja tratamento específico ou vacina disponível para o Nipah, especialistas estão buscando controlar os sintomas e tomar medidas de suporte para os pacientes afetados, principalmente para que se recuperem e o vírus não se espalhe, como ocorreu com o coronavírus e a pandemia de Covid-19. Além disso, testes de diagnóstico são realizados com base na história clínica do paciente, como a reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR) e ensaio imunoenzimático (ELISA).
RISCO MUNDIAL?
Apesar das preocupações, os especialistas acreditam que o risco de disseminação do Nipah para áreas urbanas é baixo, a menos que a transmissão entre humanos aumente significativamente. A coleta de amostras de morcegos, excrementos de animais e restos de frutas em Maruthonkara, o vilarejo onde o surto começou, está sendo realizada para entender melhor a origem do vírus.
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