Com as mudanças climáticas em curso, crises econômicas assolando países e uma guerra acontecendo no leste europeu, o planeta nunca se viu em tamanha crise global que não parece ter perspectivas positivas de um desfecho satisfatório.
Em meio ao caos, é realizada a 78ª Assembleia-Geral das Nações Unidas em Nova York, nos EUA. Contando com a participação de diversos líderes mundiais, um dos mais incisivos discursos no púlpito da ONU foi o do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
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Ele afirmou que o mundo deve se unir à Ucrânia na guerra contra a Rússia e disse que o apoio internacional "pode evitar ataques a vocês também".
"Nós precisamos nos unir para derrotar o agressor. Pela primeira vez na história moderna, nós temos a chance de terminar um conflito nos termos definidos pelo país que foi atacado. Essa é a chance que temos de prevenir que uma agressão aos países de vocês também ocorra", declarou Zelensky.
O líder ucraniano também acusou a Rússia de transformar usinas nucleares em bombas. "Terroristas não têm o direito de ter bombas nucleares. Os agressores estão armando muitas coisas, e essas coisas não são usadas apenas contra nosso país, mas podem ser usadas contra os seus também", acrescentou.
POSIÇÃO DOS EUA
Em seu discurso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, defendeu a Ucrânia e declarou que a Rússia é o único país que pode encerrar a guerra em curso. "Pelo segundo ano consecutivo, este encontro é encoberto pela sombra da guerra", afirmou.
"A Rússia é a única responsável por essa guerra, a Rússia é a única que tem o poder para encerrar essa guerra imediatamente e a Rússia é a única que impede o caminho da paz, porque o preço da Rússia pela paz é a rendição, o território e as crianças da Ucrânia", completou o norte-americano.
Biden ainda enfatizou que os russos não sairão vitoriosos do conflito pelo cansaço. "A Rússia acredita que o mundo vai se cansar e permitir que ela brutalize a Ucrânia sem consequências. Mas se abandonarmos os valores centrais da Carta das Nações Unidas para acalmar um agressor, os estados-membros poderão confiar que estão protegidos? Se permitirmos que a Ucrânia seja repartida, a independência de qualquer país estará segura?", questionou.
GUERRA NA UCRÂNIA
O conflito começou dois dias após a Rússia reconhecer a independência dos territórios separatistas ucranianos no Donbas e dizer que iria "defendê-los" contra a "agressão" ucraniana.
Pouco tempo após o pronunciamento, que foi durante a madrugada, começaram a ser ouvidas explosões em várias cidades ucranianas, da capital, Kiev, a Kharkov, a segunda cidade do país na fronteira com a Rússia, mas também em Odessa e Mariupol, às margens do Mar Negro.
Desde então, os dois países tentaram fazer vários acordos para acabar com o conflito, mas as negociações não tiveram avanços
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