O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Antonio Guterres, emitiu uma declaração na última segunda-feira (09) condenando o “cerco total” imposto por Israel sobre a Faixa de Gaza, alertando sobre os ataques a escolas e hospitais palestinos. A declaração ocorreu após uma reunião extraordinária dos principais chefes das agências da ONU, na qual Guterres também denunciou o grupo Hamas e fez um apelo por negociações.
Guterres foi enfático ao condenar os "ataques abomináveis do Hamas e de outros grupos extremistas contra cidades e vilarejos israelenses na periferia de Gaza, que deixaram mais de 900 israelenses mortos e mais de 2.500 feridos". Ele também expressou preocupação com a escalada contínua da violência e os sequestros em curso.
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Além disso, Guterres criticou veementemente o lançamento de "foguetes indiscriminados pelo Hamas, atingindo o centro de Israel, incluindo Tel Aviv e Jerusalém". Ele reconheceu as legítimas preocupações do povo palestino, mas enfatizou que nada justifica atos de terror e a morte, mutilação e sequestro de civis.
O secretário-geral da ONU também pediu para que os palestinos interrompam os ataques e libertem todos os reféns. No entanto, ele também denunciou a resposta israelense, ressaltando que mais de 500 palestinos, incluindo mulheres e crianças, foram mortos e mais de 3.000 ficaram feridos. Ele lembrou a Israel que as operações militares devem seguir o direito humanitário internacional, protegendo civis e infraestruturas das cidades.
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Guterres destacou que a ONU recebeu relatos de mísseis israelenses atingindo instalações de saúde, torres residenciais e escolas que abrigavam famílias desabrigadas em Gaza. Cerca de 137 mil pessoas estão abrigadas em instalações das Nações Unidas, com esse número crescendo à medida que os bombardeios e ataques aéreos continuam.
O secretário-geral expressou profunda preocupação com o anúncio de que Israel iniciaria um cerco completo à Faixa de Gaza, impedindo a entrada de eletricidade, alimentos e combustível. Ele descreveu a situação humanitária como extremamente terrível e alertou que ela só pioraria nos próximos dias.
Guterres pediu o acesso urgente de equipamentos médicos, alimentos e outros suprimentos humanitários a Gaza, bem como a entrada da equipe humanitária. Ele pediu que a comunidade internacional se mobilize em apoio humanitário imediato para evitar a ampliação dos conflitos.
O secretário-geral lembrou a todos que a violência mais recente não surgiu do nada, mas de um conflito de longa data, com 56 anos de ocupação e nenhuma solução política à vista. Ele enfatizou a importância de buscar uma paz negociada que satisfaça as legítimas aspirações nacionais de palestinos e israelenses, garantindo sua segurança e a criação de dois estados para alcançar a estabilidade.
Por fim, Guterres concluiu sua declaração destacando a necessidade de romper o ciclo de derramamento de sangue, ódio e polarização, trabalhando em direção a uma solução que atenda às necessidades de ambas as partes e crie uma perspectiva clara para a paz duradoura.
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