Uma interação completamente fora do comum intrigou pesquisadores durante uma pesquisa de campo na Índia. Biólogos documentaram um sapo que tinha um cogumelo brotando de sua pele. O achado ocorreu aos pés da cordilheira Kudremukha, na região do vilarejo de Mala, no estado de Karnataka.
A descoberta é algo inédito e nunca foi documentado no mundo. Porém, o animal não foi coletado, então nenhum prognóstico é possível. O registro do animal foi publicado na revista científica Reptiles & Amphibians.
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O sapo em estão, é da espécie de dorso-dourado-de-Rao (Indosylvirana intermedia), estava “vivo e se movimentando”, pois a interação com fungos nem sempre é benéfica para o hospedeiro. Após a divulgação das imagens, micologistas identificaram o cogumelo como sendo um exemplar da espécie Mycena sp., um tipo de fungo caracteristicamente em formato de chapéu.
A espécie de cogumelo é normalmente encontrada em matéria morta, como madeira podre. O fato de estar associado a um ser vivo, sem prejudicá-lo, acende um debate sobre a evolução do fungo, relata o jornal Daily Mail.
Estudos de DNA feito pelo Departamento de Biologia da Universidade de Copenhague revelou que esses cogumelos evoluíram para crescer nas raízes de plantas vivas, sugerindo que agora podem sobreviver tanto com matéria viva como morta.
“ exame de DNA mostrou que os fungos Mycena são consistentemente encontrados nas raízes de plantas hospedeiras vivas. Isto sugere que os ‘chapéus’ estão em processo de desenvolvimento evolutivo, de serem exclusivamente decompositores de material vegetal inanimado a invasores de plantas vivas, sob condições favoráveis", explicou Christoffer Bugge Harder, principal autor do estudo.
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Uma possibilidade levantada pelos cientistas é que o impacto da agricultura humana tenha pressionado o fungo a se adaptar e achar novas maneiras de encontrar nutrientes para sobreviver. Apesar das especulações, a falta de uma pesquisa aprofundada impede conclusões a partir da imagem registrada, apenas. Fica indeterminado o efeito do fungo sobre o hospedeiro, bem como a confirmação de que se trata da espécie de cogumelo citada pelos especialistas.
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