Uma das datas mais importante para os católicos é o domingo de páscoa, que também foi um momento para a maior autoridade da igreja se posicionar sobre as guerras no Oriente Médio e na Europa.
O papa Francisco pediu um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e a libertação de todos os reféns israelenses durante a missa em comemoração à Páscoa rezada a uma multidão de 60 mil pessoas na Praça de São Pedro, neste domingo (31).
"Apelo mais uma vez para que o acesso à ajuda humanitária seja garantido a Gaza, e peço mais uma vez pela libertação imediata dos reféns sequestrados em 7 de outubro passado e por um cessar-fogo imediato", afirmou o pontífice no momento em que começa uma nova rodada de negociações para tentar estabelecer uma trégua no conflito entre Israel e Hamas.
"Não permitamos que as hostilidades em andamento continuem a afetar seriamente a população civil, já exausta, especialmente as crianças. Quanto sofrimento vemos nos seus olhos. Com o seu olhar nos perguntam: Por quê? Por que tanta morte? Por que tanta destruição?", disse o líder religioso.
O líder católico de 87 anos mencionou também a Guerra da Ucrânia ao pedir a troca de todos os prisioneiros entre o país invadido e a Rússia, em conflito desde fevereiro de 2022. "Não permitamos que ventos de guerra cada vez mais fortes soprem sobre a Europa e o Mediterrâneo. Não nos rendamos à lógica das armas", afirmou. Francisco citou ainda países como Síria, Líbano, Sudão e Haiti, que enfrentam crises de violência e segurança de diferentes naturezas.
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Poucos minutos antes, Francisco abençoou, a bordo do papamóvel, os fiéis presentes na Praça de São Pedro. "Viva o papa!", gritaram alguns peregrinos que tentavam registrar o momento com seus celulares diante de um grande dispositivo de segurança. O líder seguiu de cadeira de rodas até o altar, decorado com flores.
A celebração acontece após o pontífice cancelar na sexta-feira (29) sua participação na tradicional Via-Crúcis, quando a cadeira papal já estava posicionada no Coliseu. Na ocasião, o Vaticano argumentou que a decisão foi tomada "para preservar sua saúde antes da Vigília Pascal" do último sábado (30).
De fato, Francisco celebrou, sem sinais de cansaço, a cerimônia de duas horas e meia a cerca de 6.000 fiéis, além de ter pronunciado uma homilia de 10 minutos em italiano. O cancelamento, no entanto, contribuiu para atiçar as preocupações sobre a saúde frágil do papa.
A Semana Santa, uma das datas mais importantes do calendário católico, é marcada por uma série de cerimônias que terminam com o Domingo de Páscoa e pode ser comparada a uma maratona para um octogenário.
Apesar de se submeter a uma cirurgia abdominal importante em 2023, Francisco, que nunca tira férias, segue com um ritmo de trabalho intenso no Vaticano, onde pode receber dezenas de interlocutores em apenas uma manhã.
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