Um dos grandes desafios da ciência, e que recebe investimentos há muito anos, é a descoberta da cura do câncer. Agora, há a esperança de uma vacina para que a doença não volte a se manifestar em determinados pacientes.
Steve Young, um músico de 52 anos, tornou-se a primeira pessoa a receber uma nova vacina experimental contra o tipo mais letal de câncer de pele, o melanoma.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
- Belém: índice de Covid-19 aumenta e postos estão sem vacinas
- Vacinas de mRNA podem prevenir gripe, herpes e tratar câncer
O tratamento inovador, desenvolvido por pesquisadores do University College London Hospitals, tem como objetivo auxiliar o sistema imunológico do paciente a reconhecer e eliminar as células cancerígenas.
Diferentemente das vacinas tradicionais, esta nova abordagem não tem a finalidade de prevenir a doença, mas de impedir que ela retorne em pacientes que já foram tratados com sucesso. Este é o caso de Steve, que foi diagnosticado com melanoma em estágio II e já passou por remoção do tumor.
A vacina é personalizada para cada paciente, sendo projetada para fazer o corpo produzir até 34 proteínas. Cada uma dessas proteínas visa os "neoantígenos" identificados por sequenciamento genético, acredita-se que estejam causando o câncer naquele paciente específico.
Quer mais notícias do mundo? Acesse nosso canal no WhatsApp
Assim como as vacinas contra a COVID-19, essa nova vacina é baseada em mRNA (RNA mensageiro). Além disso, os médicos responsáveis pelo tratamento de Steve também o estão submetendo a outro medicamento experimental, o pembrolizumabe, para avaliar riscos e benefícios adicionais.
Apesar dos avanços promissores, ainda não há previsão para a chegada desse medicamento ao Brasil. Atualmente, a vacina é produzida pela Moderna e MSD, e está em fase de testes clínicos, que também estão sendo realizados para avaliar sua eficácia no tratamento de outros tipos de tumores, como os de pulmão, bexiga e rins.
Steve Young expressou sua gratidão por participar do ensaio clínico: "Sinto-me sortudo por fazer parte deste ensaio clínico. É claro que não me senti tão sortudo quando fui diagnosticado com câncer de pele; na verdade, foi um grande choque, mas agora que fiz o tratamento, estou ansioso para garantir que não volte a ocorrer. Esta é a minha melhor chance de parar o câncer", disse o músico.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar