Zelensky cancela negociação de paz após ausência de Putin

As negociações acerca de um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia parecem estar longe do fim. Nesta quinta-feira (15), Volodymir Zelensky disse que não irá pessoalmente a Istambul, na Turquia para negociar com a Rússia após Putin informar que enviaria assessores e vice-ministros para participar do encontro em seu lugar.

A informação deixou o presidente da Ucrânia descontente com o fato que ele chamou de 'desrespeitoso'.

“Sentimos o desrespeito russo. O nível de comunicação e da delegação enviada, isso é um desrespeito pessoal. Um desrespeito a mim, ao presidente Trump, ao secretário de Estado Marco Rubio e aos ministros turcos e ucranianos que estão todos aqui. Cadê os ministros russos?", declarou Zelensky.

Após o anúncio do Kremlin, a Casa Branca informou que o presidente americano Donald Trump também não participaria das negociações. O republicano já havia declarado que só iria à Turquia caso Putin estivesse presente.

No último domingo, Putin propôs 11 discussões diretas com Kiev em Istambul, e Zelensky afirmou que aguardaria o mandatário russo na Turquia.

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Após manter a expectativa de um acordo de negociação de paz, na última quarta-feira (14), o Kremlin nomeou uma delegação de escalão inferior, que não incluía o presidente, e foi descrita pelos aliados europeus de Kiev como uma afronta.

O presidente Ucraniano descreveu a delegação russa como um "elenco de figuração" e "decorativa".

Especialistas avaliam que Putin propôs as negociações na Turquia com o objetivo de convencer Trump de que ele estava comprometido com a paz, enquanto continua os combates na linha de frente.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que as negociações foram transferidas para a tarde a pedido das autoridades turcas. Ela afirmou que a delegação enviada para Moscou está “pronta para um trabalho sério”, apesar da mensagem que o envio de um grupo de baixo nível, sem Putin, envia ao mundo.