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Israel ataca Irã após fracasso de negociação nuclear com Trump

Nas redes sociais, usuários relatam sons de explosão em áreas residenciais de Teerã

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Imagem ilustrativa da notícia Israel ataca Irã após fracasso de negociação nuclear com Trump camera Nas redes sociais, usuários relatam sons de explosão em áreas residenciais de Teerã | Reprodução/X

Israel voltou a bombardear o Irã nesta quinta-feira (12) depois que negociações nucleares entre Teerã e os Estados Unidos de Donald Trump fracassaram. Tel Aviv já havia dito que não permitiria que o país persa, seu inimigo histórico, adquirisse uma bomba atômica, algo que o Irã parece próximo de ser capaz de fazer.

As Forças Armadas de Israel confirmaram que os alvos do ataque desta quinta são instalações nucleares do Irã, uma escalada sem precedentes do conflito entre os dois países. De acordo com os militares israelenses, dezenas de alvos foram atacados no Irã.

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Na noite de quinta, madrugada de sexta (13) no Oriente Médio, explosões foram ouvidas em Teerã, de acordo com a agência de notícias estatal iraniana Nour. A televisão estatal do país disse que as defesas aéreas do Irã estavam em alerta máximo.

De acordo com a imprensa americana, os Estados Unidos haviam dito a Israel que não participariam diretamente de um ataque contra o programa nuclear do Irã. Após os bombardeios israelenses desta quinta, autoridades americanas confirmaram à agência de notícias Reuters que não houve assistência dos EUA na ação.

Mesmo assim, Israel aposta na proteção de Washington quando houver retaliação da república islâmica, e Trump convocou uma reunião de emergência de seu gabinete para acompanhar os desdobramentos da ação.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou emergência nacional em todo o território do Estado judeu, dizendo que ataques com mísseis e drones vindos do Irã "são esperados" no futuro próximo. Durante a emergência, escolas, universidades e a maior parte dos escritórios ficam fechados e reuniões públicas ficam proibidas. O espaço aéreo de Israel também foi fechado.

Autoridades de Israel disseram à emissora Canal 13 que as forças do país estão se preparando para "dias de batalha" contra o Irã. A operação atual foi batizada de "Força de um Leão", uma referência ao animal que é considerado um símbolo judaico.

O contexto do ataque é a tentativa de Israel de adiar ou impedir o desenvolvimento de uma arma nuclear pelo Irã, cenário considerado inaceitável por Tel Aviv. Israel já conduziu outros ataques contra a infraestrutura nuclear iraniana no passado, e seu serviço de espionagem assassinou cientistas iranianos e realizou ataques cibernéticos contra centrífugas de urânio.

O Irã, por sua vez, financia grupos armados que se opõem a Israel no Líbano, como a milícia xiita Hezbollah, e na Faixa de Gaza, como a facção terrorista Hamas —contra o qual Tel Aviv luta uma guerra na Faixa de Gaza há quase 20 meses que já matou mais de 50 mil palestinos.

O último ataque de Israel ao Irã havia ocorrido em outubro passado, quando Tel Aviv retaliou ofensiva executada por Teerã com cerca de 200 mísseis como parte de vingança pela morte de Hassan Nasrallah, então líder do Hezbollah.

Na ocasião, Netanyahu prometeu ao governo do então presidente dos EUA, Joe Biden, que não iria atacar alvos ultrassensíveis do Irã, como instalações nucleares ou infraestrutura petrolífera, mas sim bases militares. Teerã falou em danos limitados.

Nesta quinta, em outro sinal de que as conversas entre os EUA e o Irã haviam deteriorado, o conselho diretivo da agência nuclear da ONU declarou pela primeira vez em quase 20 anos que Teerã violou suas obrigações de não proliferação. O desdobramento aumenta a perspectiva de que o país seja denunciado ao Conselho de Segurança.

A medida ocorre após vários impasses entre a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), sediada em Viena, e o Irã desde que Trump retirou os EUA de um acordo nuclear entre Teerã e as principais potências nucleares em 2018, durante seu primeiro mandato. Um funcionário da AIEA disse que o Irã respondeu informando à agência que planeja abrir uma terceira usina de enriquecimento de urânio.

O funcionário da AIEA disse que Teerã não forneceu mais detalhes sobre os novos locais de enriquecimento planejados, incluindo sua localização, o que permitiria o monitoramento pelos inspetores nucleares da ONU.

O enriquecimento pode ser usado para produzir urânio para combustível de reatores de energia ou, em níveis mais altos de refinamento, para bombas atômicas. O Irã diz que seu programa de energia nuclear é apenas para fins pacíficos —entretanto, um alto funcionário iraniano disse à Reuters que o aumento das tensões no Oriente Médio serviu para "influenciar Teerã a mudar sua posição sobre seus direitos nucleares".

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Após a decisão da entidade ligada às Nações Unidas, o Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que as ações de Teerã minam o Tratado de Não Proliferação global e representam uma ameaça iminente à segurança e estabilidade regional e internacional.

O Irã é signatário do TNP (Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares). Israel não faz parte do tratado e, como amplamente citado entre especialistas do tema, se acredita que possua o único arsenal nuclear do Oriente Médio, embora não admita isso oficialmente.

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