
Simon Leviev, o "Golpista do Tinder", foi detido na Geórgia nesta segunda-feira (15) após ser localizado pelas autoridades locais sob um alerta vermelho da Interpol. O israelense, cujo nome verdadeiro é Shimon Yehuda Hayut, ficou mundialmente conhecido pelas fraudes milionárias contra mulheres em aplicativos de relacionamento. Embora a prisão tenha sido confirmada, as autoridades ainda não divulgaram detalhes sobre as novas acusações sobre ele.
Leviev se tornou uma figura amplamente reconhecida após o lançamento do documentário The Tinder Swindler, produzido pela Netflix. No filme, ele é retratado como um homem que se passava por herdeiro de um império de diamantes, usando uma vida luxuosa e ostentação para atrair as vítimas. Com viagens em jatos privados e hospedagens em hotéis de alto padrão, ele conquistava a confiança das mulheres e, em seguida, solicitava grandes quantias de dinheiro sob falsas alegações de estar em perigo ou enfrentando uma necessidade urgente.
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As fraudes que Simon Leviev aplicou ao longo dos anos somam valores milionários. De acordo com o documentário, o israelense teria enganado pelo menos uma dúzia de mulheres em diferentes países, o que gerou um prejuízo total estimado em cerca de US$ 10 milhões. As táticas usadas por ele eram sempre as mesmas: após conquistar as vítimas, ele criava histórias de risco e, em um golpe bem orquestrado, conseguia que elas transferissem grandes somas de dinheiro para ajudá-lo.
Com a notoriedade adquirida com o filme, Simon foi banido de várias plataformas de encontros online. Antes da ascensão dele como um criminoso de alto perfil, o israelense já tinha um histórico criminal extenso. Em 2011, ele fugiu de Israel após ser condenado por fraude, roubo e falsificação. Mais tarde, entre 2015 e 2017, cumpriu uma pena de dois anos de prisão na Finlândia, mas continuou a praticar crimes após deixar o país.
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Em 2019, Leviev foi preso na Grécia por usar um passaporte falso. Porém, em 2020 ele foi libertado após cumprir apenas cinco meses de uma pena de 15 meses em Israel, sob alegações de que a pandemia de Covid-19 justificaria a soltura. Na época, a decisão foi polêmica, pois muitos consideraram que o risco de uma fuga era alto, dada a natureza dos crimes e a rede de contatos internacionais que ele havia formado ao longo dos anos.
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