O presidente da Rússia, Vladimir Putin, colocou em alerta máximo as tropas do centro do país, que abrange parte da bacia do Volga, os Montes Urais e a Sibéria Ocidental.

O exercício militar, que não estava programado inicialmente, terá duração de uma semana. O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, general Valeri Guerasimov, afirmou que participarão da inspeção mais de 65 mil soldados, cerca 5.500 veículos militares e peças de artilharia, mais de 180 aviões e 60 helicópteros.

A ação do governo russo ocorre no meio de denúncias que Moscou estaria concentrando soldados e armamento na fronteira com a Ucrânia para apoiar os separatistas pró-Rússia que atuam em regiões próximas ao país vizinho.

Segundo informações do governo americano, a Rússia teria restabelecido suas forças militares na fronteira com a Ucrânia.Os presidentes dos EUA, Barack Obama, e da França, François Hollande, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, já advertiram Moscou que haverá mais sanções caso não sejam vistos "passos concretos e imediatos" para diminuir a tensão no sudeste da Ucrânia.

Paralelo à movimentação das tropas russas, o Comitê de Instrução da Rússia emitiu à Interpol ordem de busca e captura contra o ministro do Interior da Ucrânia, Arsen Avakov, e o governador de Dnieprpetrovski, o magnata Igor Kolomoiski, por usarem armamento e métodos de guerra proibidos.

Segundo a agência russa Interfax, as autoridades ucranianas ainda são acusadas de assassinato, sequestros e impedimento do trabalho jornalístico.

(Folhapress)

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